(Imagem: Hugo Cordeiro/Divulgação)

O futebol pode ser leve, doce e mexer com o imaginários de milhões de pessoas, mesmo envolvendo as tradicionais rivalidades entre clubes. Na pequena vila de Chrockatt de Sá (distrito de Ouro Preto), com população de menos de dez famílias, um cruzeirense fanático chama a atenção dos ‘visitantes de fim semana’ – geralmente ciclistas e trilheiros – que por lá passam.

Ligado 24 horas nas informações da Raposa, como conta Roberto Pires, de 64 anos, tem uma paixão peculiar e curiosa: a criação de galos, os quais domestica no quintal de casa. “Tenho três galos. A Belinha é a mãe; ela vai aonde eu vou e é uma companheira. Entra na casa dos vizinhos, brinca com todo mundo. Ela é a mascote do Chrockatt. Tenho também um galo músico, daqueles que cantam bem alto, e o outro é Índio-Gigante (maior em altura e peso)”, conta o mineiro raiz, nascido em Rio Acima, na Região Metropolitana de BH.

“Algumas pessoas brincam comigo sim, por ser cruzeirense e criar galo, mas eu levo na esportiva. Futebol é isso, é brincadeira”, diz Roberto. Humilde e bastante comunicativo, o senhorzinho de barba longa reveza entre o radinho de pilha e o ligado à energia para ouvir a Rádio Itatiaia. Sozinho em casa, ele tem na voz dos comunicadores a companhia para o dia a dia. “O radinho só pega na cozinha. Se eu for para o quarto, já era”, brinca.

Apesar do rebaixamento do Cruzeiro para a Série B do Campeonato Brasileiro e da crise financeira do clube celeste, o amor de Sr. Roberto segue intacto. A confiança no retorno à elite, inclusive, é de 100%. “O Enderson Moreira é um grande técnico e tem feito um trabalho muito bom. Acredito muito nele”, afirma o aposentado.

Enquanto conversava com a reportagem, ele aproveitava para serrar bambu e cercar a horta particular. Alface, couve e outras delícias são plantadas por lá. E viva o futebol!

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