Vinícius chega para fazer sombra a Cazares; anteriormente, clube já tentou outros sete nomes. Fonte: Alexandre Guzanshe/E.M/D.A.Press

A torcida do Atlético queria a chegada do paraguaio Óscar Romero, atualmente no futebol chinês, mas por enquanto a cara nova na Cidade do Galo é um paranaense de 27 anos, que chamou a atenção no ano passado por um motivo peculiar. Mais um jogador que a diretoria alvinegra investe para servir de concorrência para Cazares, o armador Vinícius ganhou os holofotes ao comemorar um gol de forma polêmica e provocar uma confusão no clássico entre Bahia e Vitória, no Barradão.

Ele chegou ao Galo com o aval do técnico Levir Culpi pelos bons números no tricolor da Boa Terra – foram 12 gols e 11 assistências em 57 partidas. Regularidade é algo que o treinador valoriza nos novos atletas e muito precisa para montar a equipe quando Cazares não dá conta do recado. O equatoriano sempre é cobrado pela torcida por causa da inconstância em campo. Mesmo assim, nos últimos três anos vários armadores passaram pelo Galo e não ameaçaram a posição do camisa 10: Carlos Eduardo, Dodô, Marlone, Valdívia, Tomás Andrade, David Terans e Nathan (esses últimos ainda estão no clube).

Vinícius acredita que no time alvinegro haverá espaço tanto para ele quanto para Cazares: “Gosto de jogar na posição de camisa 10, realmente onde o Cazares joga. Passei isso no ano passado com o Bahia, quando lutei pela posição com o Zé Rafael. Mas sei que são muitos jogos e todos vão atuar. Aos poucos, buscarei meu espaço. Todo jogador quer jogar e venho com esse pensamento, mas respeitando meus companheiros. Com essa briga sadia quem tem a ganhar é o Atlético”.

O jogador se arrepende pela confusão no clássico baiano: ao comemorar um gol, ele fez uma dancinha em frente à torcida do Vitória, dando início a uma briga generalizada no estádio. Ele recebeu conselhos do pai, Barbosa, que acompanhou sua apresentação ontem à tarde no CT de Vespasiano, quando vestiu pela primeira vez a camisa alvinegra. “Precisamos tirar um aprendizado de tudo. Em momento algum eu quis ofender a torcida adversária, pois era uma comemoração a que estava acostumado a fazer. Mas todo clássico é pegado e mexe muito com a emoção. No calor da emoção, todos agiram de forma errada. Temos de pegar isso como um aprendizado. Se fizer gol em clássico agora, vou ter cuidado ao comemorar”, afirma o atleta, que teve passagens por outros clubes populares do Brasil, como Coritiba, Athletico, Fluminense e Náutico.

Livre no mercado depois de encerrar o vínculo com o Bahia na temporada passada, Vinícius assinou contrato com o Atlético até dezembro de 2020. O armador fez os exames médicos e resolveu as últimas questões burocráticas na sexta-feira. A partir de hoje, ele começa a treinar com bola com os novos companheiros. A diretoria já entrou com pedido de registro do atleta na CBF.

BOLA PARADA Não foram apenas os números de Vinícius que chamaram a atenção de Levir Culpi. O armador se destaca nas cobranças de falta e também bate pênaltis, fundamentos carentes no atual grupo. Animado, ele se diz pronto em ajudar o Galo em múltiplas funções. “Minha composição tática hoje me ajuda bastante. Quando ficamos mais experientes, o futebol vai amadurecendo. Por isso, fazer o trabalho completo é essencial”.

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