Campeã olímpica morreu na última quinta-feira (21)

Sem o laudo oficial da Polícia Civil de São Paulo, que deve ser publicado pela corporação nas próximas semanas, pessoas levantam hipóteses sobre as circunstâncias da morte de Walewska, confirmada na última quinta-feira (21). A moradora do apartamento em que a ex-jogadora foi encontrada após a queda acredita que a campeã olímpica possa ter se desequilibrado e caído involuntariamente da área de lazer do prédio.

De acordo com as declarações da vizinha, publicadas pelo portal “Metrópoles”, o guarda-corpo que protege a mesa onde a ex-atleta estava sentada é baixo. A alta estatura de Wal, que tinha 1,90m, também pode ter influenciado, de acordo com a mulher que não teve o nome identificado.

“Eu moro no prédio e acompanhei parte dessa história, porque, infelizmente, ela caiu em frente à varanda do meu apartamento. Não me manifestei até agora em respeito à família e aos amigos dela, mas diante de tanta especulação e análises, achei que devia falar”, disse a vizinha.

“O laudo definitivo ainda não saiu e existe uma grande possibilidade de ela ter se desequilibrado e caído sem querer, pois o guarda-corpo que fica próximo à mesa onde ela estava sentada é muito baixo e perigoso. Se considerarmos a altura dela, essa hipótese não pode ser descartada”, completou.

A principal linha de investigação da Polícia Civil de São Paulo é a hipótese de suicídio. Um dos fatores que leva a essa possibilidade é uma hipotética carta de despedida deixada por Walewska. O conteúdo da carta não foi divulgado. Marido da vítima, Ricardo Mendes disse que também não teve acesso ao papel.

“Tinha uma pasta na mesa com vários papéis que estão dizendo que eram cartas de despedida. Pode até ser, mas ainda não está comprovado. Podiam ser anotações para entrevista que ela ia dar para o SporTV. Ela entrou no local muito antes da hora do acidente e quem esteve com ela disse que ela estava conversando normal e parecia tranquila”, completou a vizinha.

 

História de Walewska

A ex-jogadora foi revelada pelo Minas, em 1995 e ficou no clube até 1998. Ela voltou ao time da capital mineira em 2014 e ficou até o ano seguinte. A meio-de-rede ainda defendeu Rexona/Ades, São Caetano, Sirio Perugia da Itália, Murcia da Espanha, Zarechie da Rússia, Vôlei Futuro, Vôlei Amil, Minas, Osasco e Praia Clube, onde encerrou a carreira em 2022.

Walewska também teve duas passagens pelo Praia Clube, de Uberlândia. A primeira foi entre 2015 e 2018, quando conquistou o título da Superliga Feminina de Vôlei pela segunda vez na carreira (ela já havia sido campeã em 2000 pelo Rexona/Ades).

A última passagem de Walewska pelo Praia Clube começou em 2019 e terminou no ano passado, quando ela anunciou a aposentadoria.

Walewska foi duas vezes campeã da Superliga (1999-2000 e 2017-18). A meio-de-rede ainda levantou as taças da Supercopa (2019, 2020 e 2021), do Troféu Super Vôlei e do Campeonato Mineiro (2019 e 2021).

 

Super campeã pela Seleção Brasileira

Walewska defendeu a Seleção Brasileira durante boa parte da carreira. A primeira convocação foi em 1999, com Bernardinho. No mesmo ano, ela conquistou o título dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá.

O auge da carreira de Walewska foi o título dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China. Ela também ganhou a medalha de bronze nos jogos de 2000, em Atenas, na Grécia.

Ela também conquistou três vezes o título do Grand Prix de Vôlei: 2004, 2006 e 2008. Na última conquista, foi eleita a melhor bloqueadora do torneio.

Itatiaia