“Para com isso, porque é um cigarro como qualquer outro e faz mal do mesmo jeito”, advertiu Zé Neto

O cantor de sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, enfrenta uma doença pulmonar devido ao consumo de cigarros eletrônicos. Segundo a assessoria do músico, ele está com foco de vidro no pulmão, o que causa um pouco de falta de ar para cantar.

“Este tipo de problema pode ser resquício do coronavírus e também é uma das consequências do consumo do ‘Viper’, cigarro eletrônico”, divulgou a equipe. Zé Neto testou positivo para a covid-19 em junho de 2020.

Na 3ª feira (21.dez), em vídeo publicado nas redes sociais, o sertanejo se pronunciou a respeito de seu estado de saúde: “passei por um problema sério do pulmão devido a cigarro, desses vapes”. Na sequência de stories, ele também alertou seus seguidores sobre os riscos do cigarro eletrônico. “Para com isso, porque é um cigarro como qualquer outro e faz mal do mesmo jeito ou até mais” advertiu Zé Neto.

Em entrevista ao SBT News, a médica e infectologista Ana Helena Germoglio explicou os danos da inalação da substância. “A concentração de nicotina que tem uma carga de cigarro eletrônico equivale a cerca de 20 cigarros tradicionais”, afirmou Germoglio. Na visão dela, essa falsa sensação de que está consumindo menos cigarro é um dos grandes problemas dos “vapes”.

Para chegar nos diferentes sabores, a nicotina dos cigarros eletrônicos, além de ser diluída com solventes, é misturada com flavorizantes, substâncias utilizadas para mascarar o gosto amargo. “Pela forma como ele é dissolvido, faz com que essa nicotina chegue mais rápido ao cérebro e causam uma sensação imediata de bem-estar que pode levar ao estímulo do seu uso e ao aumento da dependência”, discorreu a médica.

Sobre a relação dos cigarros eletrônicos com doenças, a infectologista garantiu que é comprovado que a inalação desse líquido pode levar a problemas pulmonares. “Na verdade, ele não deveria ser utilizado da mesma forma que os cigarros não deveriam ser utilizados”, enfatizou ela.

Vale ressaltar que o consumo dos cigarros eletrônicos é proibido no Brasil desde 2019 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que os cigarros eletrônicos e produtos semelhantes são perigosos para a saúde.

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