A tragédia registrada no km 350 da BR-381, em João Monlevade-MG nesta sexta-feira, 04, ganha novos capítulos. O número de mortos era 10 no momento do acidente e subiu para 17. Além disso, a Polícia descobriu que o ônibus que despencou 15 metros da Ponte Torta sobre os trilhos de trem na divisa com a cidade de Bela Vista de Minas era clandestino.
A informação foi confirmada pelo inspetor Aristides Amaral Junior, chefe da Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais (PRF-MG). Ele afirmou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) repassou a informação de que o veículo não tinha autorização para fazer viagens. O deslocamento seria entre Mata Grande, em Alagoas, e a capital de São Paulo.
“A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros. Importante esclarecer que, por força de liminar, a EMPRESA NAO é clandestina”.
O motorista do ônibus disse que o veículo perdeu os freios e voltou de ré. Neste momento ele pulou com o ônibus em movimento. Ele ainda não se apresentou à PRF. Outras três pessoas teriam pulado do veículo no momento em que perceberam que o ônibus poderia cair. Várias pessoas que morreram tentavam se salvar também.
Dentre os feridos, três estavam em situação mais grave, sendo duas crianças e um adulto. Eles foram levados para o HPS João XXIII, em Belo Horizonte. As demais pessoas para hospitais de Monlevade e Nova Era.
Os corpos foram levados para os institutos Médico-Legal (IML’s) de Belo Horizonte e João Monlevade.
O socorro e resgate das vítimas contou com os trabalhos de cidadãos voluntários, do Serviço Voluntário de Resgate (SEVOR), Grupo de Atendimento Voluntário de Emergências (GAVE), Resgate Emergencial Voluntário Estrada Real (REVER), e Bombeiros voluntários de São Domingos do Prata. A cidade de João Monlevade é conhecida nacionalmente pelo belíssimo trabalho prestado pelo Sevor há anos. O grupo é formado por dezenas, senão centenas de cidadãos voluntários, entre médicos, enfermeiros e cidadãos em geral, e já foi matéria em rede nacional de TV.