Segundo informações dos médicos do Orlando Health Medical Center à família de Gugu Liberato, a decisão de doar todos os órgãos do apresentador pode beneficiar até 50 pacientes. Isso porque, além dos órgãos, é possível utilizar córnea, pele, ossos etc. Os Estados Unidos têm um sistema bem mais avançado de doação de órgãos e já conseguem utilizar muitas partes do corpo que, no Brasil, ainda não são usadas para transplante.
O apresentador morreu nesta sexta-feira, 22, aos 60 anos, após sofrer um acidente doméstico na quarta-feira, nos Estados Unidos. De acordo com a assessoria de imprensa de Gugu, era desejo dele que todos os órgãos fossem doados.
O apresentador teve uma queda acidental de uma altura de cerca de quatro metros quando fazia um reparo no ar condicionado instalado no sótão de sua casa, em Orlando.
“Foi prontamente socorrido pela equipe de resgate e admitido no Orlando Health Medical Center, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva, acompanhado pela equipe médica local. Na admissão, deu entrada em escala de Glasgow 3 [usada para medir a consciência e a evolução das lesões cerebrais], e os exames iniciais constataram sangramento intracraniano. Em virtude da gravidade neurológica, não foi indicado qualquer procedimento cirúrgico. Durante o período de observação, foi constatada a ausência de atividade cerebral”, afirmou nota oficial divulgada por sua assessoria.
Segundo o comunicado, a morte encefálica foi confirmada pelo prof. dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, que, após ver as imagens dos exames em detalhes, confirmou a irreversibilidade do quadro clínico. O diagnóstico foi feito diante de sua mãe, Maria do Céu, de 90 anos, dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, e da mãe de seus filhos, Rose Miriam Di Matteo.
“Ainda não temos detalhes sobre o traslado para o Brasil. Informações sobre velório e sepultamento serão passadas assim que tudo estiver definido.” De acordo com a assessoria de imprensa, a família autorizou a doação de todos os órgãos do apresentador.
Coluna de Flávio Ricco