Grupo de Apoio oferece cuidados interdisciplinares com atividades físicas e orientações (Imagem: Prefeitura de Uberlândia)

Caracterizada como uma doença crônica, a fibromialgia provoca dores por todo o corpo durante longos períodos e atinge pessoas com idade entre 30 e 60 anos. Para amenizar os sintomas, são necessários cuidados multidisciplinares, com a prática regular de atividades físicas. É justamente esse o papel do Grupo de Apoio, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos pacientes diagnosticados com a doença. As atividades começaram na UBS Tocantins em fevereiro de 2018 e, com o sucesso do trabalho, foram expandidas para outras unidades da rede.

A Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) mais recente dentro do projeto é a do bairro Luizote de Freitas. São 25 pacientes que se reúnem três vezes por semana desde o início de junho. A inauguração do serviço na unidade evidencia o compromisso da gestão municipal em ampliar os atendimentos na rede de atenção primária.

A dona de casa Creuza Rodrigues recebeu o diagnóstico de fibromialgia, juntamente ao de artrose, em 2015. Desde então, ela recorre à rede pública de saúde para o tratamento. “Eu estava com bastante dificuldade para andar devido aos inchaços no meu joelho. Por causa da doença, sentimos muita dor, mas os exercícios têm me ajudado muito. A existência do grupo melhorou minha vida, me trazendo aprendizado sobre a doença e colocando em contato com outras pessoas na mesma situação”, contou.

Cuidado amplo

O Grupo de Apoio é aberto a todos os públicos e acontece ao longo de 12 semanas, sendo os pacientes avaliados e reavaliados durante esse período para mensurar a redução dos sintomas, como diminuição das dores generalizadas e melhora do sono reparador e no déficit de atenção e memória, preparando o paciente para enfrentar a doença e ensinando a controlar os sinais e sintomas. O programa é desenvolvido por equipe interdisciplinar mesclando atividades físicas e intervenções pedagógicas.

A fisioterapeuta geral do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) Luizote, Carulina Ramos Santana, explica que o trabalho é realizado por fisioterapeutas, psicólogos, médicos, enfermeiros, profissionais de Educação Física, nutricionistas, assistentes sociais, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. “Todos os profissionais contribuem com suas atribuições através dos Grupos Operacionais, realizando intervenções terapêuticas, pedagógicas e práticas integrativas, de forma a educar os pacientes a lidarem com a patologia”, afirmou.

Além UBSF Luizote, fazem parte do Grupo de Apoio as unidades Santa Luzia, São Jorge II e III, Jardim Brasília I, Jardim Europa e ambulatório da Uai Luizote. A iniciativa, implantada pelo Qualifica SaUDI, também distribui os casos mais graves para acompanhamento com o reumatologista, enquanto os casos menos graves são encaminhados para atendimentos compartilhados entre clínico geral e o especialista.

Secom

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