Cinco novas atrações de músicadança e artes cênicas, que têm como temática os efeitos da pandemia do coronavírus, serão oferecidas para o público na próxima semana, por meio do projeto de apoio e fomento à cultura Minas Arte em Casa, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

As apresentações serão de segunda (24/8/20) a sexta-feira (28), sempre às 19 horas, pelo Instagram do Assembleia Cultural, pela TV Assembleia e pelo YouTube da ALMG. Depois das estreias, os espetáculos continuam disponíveis nas redes sociais da ALMG.

A programação traz sempre, às segundas-feiras, apresentações de música erudita; as terças são destinadas ao teatro infantil e juvenil; às quartas, são exibidos espetáculos de dança; às quintas, entram em cena o teatro adulto; para encerrar a semana, na sexta-feira, música popular.

Até o dia 25 de setembro, 40 artistas selecionados pelo Minas Arte em Casa vão se apresentar pelos canais da ALMG. O projeto integra o programa Assembleia Cultural e tem como objetivo colaborar para o enfrentamento da crise econômica do setor causada pela Covid-19.

Programe-se para as próximas atrações:

A pianista Alice Belém interpreta “Études-Tableaxu op.33 n.9”, do compositor, maestro e pianista russo Sergei Rachmaninoff, considerado um dos últimos expoentes do Romantismo na música erudita. Segundo a pianista, essa foi a sua forma de tentar estreitar os laços nesse momento de isolamento e solidão: “a música, aqui, mais do que arte, é sinônimo de comunhão”.

Doutora em Artes, pela Escola de Comunicação e Artes (ECA), Alice é professora de Piano, Música de Câmara e Interpretação da Música Contemporânea na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).

Com ampla experiência nos repertórios solo e camerístico, a pianista já realizou recitais no Brasil e na Alemanha. Também foi solista da Orquestra de Câmara do Sesi Minas, em 2008, e da Orquestra de Câmara da Pró-Música, em 2010.

“A minha família conta – O dia que choveu cinza” é uma apresentação de contação de histórias, em que as autoras Ariane Maria e Nayara Leite narram as memórias contadas por suas mães, além de incentivarem os ouvintes a praticarem a escuta e o compartilhamento. A história gira em torno de narrativas de plantação, colheita e feitura do milho, que depois é usado para fazer gostosuras, como mingau, pamonha e broa.

Com o objetivo de repensar novas formas de se comunicar e trocar afeto diante das medidas de isolamento social, a apresentação faz parte do projeto “A minha família conta – matrigestão e afeto em tempos de pandemia”, que reafirma a tradição da oralidade como elemento de resistência, autocuidado e pertencimento.

A proposta nasce da inquietação das autoras, que têm 21 anos e cursam graduação em Teatro na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também participam de um projeto de pesquisa sobre a tradição da oralidade na comunidade negra.

A videodança “Chama” surge da necessidade de agregar sentidos poéticos às sensações que emergem do cenário de distanciamento social, em que não se pode tocar o outro e sentir o calor humano. Nesse contexto, no qual o clima de apreensão e a ausência de convívio geram sentimentos confusos, Nicole Blach e Luísa Machala convidam o público a experimentar a presença de um corpo vivo, oscilante e imprevisível.

Inspirada pela imagem da chama de uma vela, a dança explora as nuances do elemento fogo, que evoca diversas sensações: da calmaria de um momento de meditação às crepitações de uma transformação eminente. O trabalho se apoia na dança espontânea de Rolf Gelewsky e tem como inspiração as produções de Karen Pearlman. A trilha sonora, intitulada “Acesa”, foi cedida pelo compositor Otávio Cotta.

Nicole Blach tem 40 anos, é artista-bailarina, professora de dança e doutoranda na Faculdade de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Luísa Machala tem 27 anos, é artista da dança, videomaker e produtora, com mestrado em Artes.

(Classificação 16 anos)

Como vivem as pessoas do interior mineiro acostumadas ao aperto de mão, ao abraço, ao proseado de perto, em tempos de Covid-19? “Cada compadre no seu canto” mostra de forma bem-humorada as maneiras que dois compadres mineiros encontraram para conviver com o isolamento social, mantendo os “causos” em dia.

Cia. Fofocas de Teatro, fundada em 2010, tem como sede a cidade mineira de Barroso (Central). Única iniciativa cultural privada da cidade, o grupo realiza diversas ações gratuitas como oficinas culturais, apresentações teatrais e projeções de filmes.

Em 2019, a Companhia foi registrada como Patrimônio Imaterial de Barroso, por sua importância para o município.

“Tempo de viver” é uma música que faz parte de “Canções de bolso”, álbum autoral de Sérgio Pererê a ser lançado neste ano. No trabalho, o artista explora a simplicidade como possibilidade de construção complexa e busca um equilíbrio entre o passado e o futuro.

A canção, cujo videoclipe será apresentado no Minas Arte em Casa, apresenta um hino à esperança, pensando que tudo o que se planta em algum momento se colhe para dar sentido à vida. A gravação foi feita na Chapada, em Ouro Preto, antes da pandemia.

Sérgio Pererê é músico, compositor, multi-instrumentista, escritor e ator. Fundador do grupo Tambolelê, ele lançou seis discos em carreira solo, entre eles “Cada Um” (2018). O artista integrou o grupo Sagrado Coração da Terra, ao lado de Marcus Viana, e também já dividiu o palco com outros grandes nomes da música, como Milton Nascimento e Wagner Tiso.

ALMG

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