A pequena Mayah nasceu apenas no final de novembro, mas ficou famosa nos últimos dias após fotos suas circularem nas redes sociais. O motivo? A bebê nasceu com uma mecha branca nos cabelos, causada por uma mutação genética hereditária.

As imagens de Mayah começaram a viralizar na internet por conta da fotógrafa Paulão Beltrão, responsável por tirar as fotos da bebê.

“No dia que eu fiz as fotos, eu postei um videozinho, que eu vi que já teve uma certa visualização maior. E as pessoas perguntavam ‘que acessório é aquele que você colocou no cabelo da bebê?’ e eu ‘não, é a mecha dela’. E as pessoas não acreditavam”, disse.

Essa mecha no cabelo da bebê é causada pelo piebaldismo, uma condição genética hereditária que afeta a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele e aos cabelos. Os portadores costumam apresentar despigmentação em algumas partes do corpo, especialmente na face e no couro cabeludo.

A publicitária Tayla Yousseff, mãe de Mayah e que também é portadora do piebaldismo, disse que ainda está um pouco assustada com a repercussão das fotos e que a condição genética começou com o seu avô.

“Começou com meu avô, que tem na perna. De sete filhos, só dois nasceram com o piebaldismo, que é minha mãe e minha tia. No meu núcleo familiar, de três irmãos, só eu que nasci. E a minha tia, os dois filhos dela também nasceram com as manchinhas”, disse.

Mais sobre o piebaldismo

Em entrevista ao vivo para o Conexão Vitoriosa, a dermatologista Cíntia Cunha explicou que Mayah ficará com essa mecha branca do cabelo para o resto da vida e que o piebaldismo não é uma condição contagiosa e não causa nenhum tipo de problema.

A dermatologista também disse que o piebaldismo é uma condição muito rara e que ela é diferente do vitiligo, outro problema semelhante.

“Qual é a diferença? No piebaldismo, a criança nasce com a manchinha e ela vai ficar do mesmo jeito a vida inteira. O vitiligo não, é uma mancha que vai se alastrando, ela pode aparecer na vida adulta, na infância, em qualquer época da vida e pode, às vezes, regredir, aumentar”, disse.

“No piebaldismo, a criança tem um defeito na produção da melanina, então qualquer sol que ela vai tomar vai queimar demais a pele. O vitiligo não é um defeito na produção, é o corpo que ataca nossas células, é uma doença autoimune que tem tratamento”, complementou.

Informações: Fernanda Siqueira/TV Alterosa

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