O Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) está passando por sérias dificuldades financeiras. Os dois campi da instituição não receberam toda a verba que tinham direito no ano de 2017 e estão precisando realizar vários cortes de gastos.
No campus Uberlândia Centro, o orçamento planejado para 2017 estava na casa de 1,8 milhão de reais. Mas apenas 1,2 milhão foi repassado e não há previsão de quando virá o restante. O diretor substituto Ricardo Boaventura precisou realizar uma série de cortes, incluindo até mesmo desligar o ar condicionado de todas as salas.
“A gente vem tentando reduzir os gastos. Desligar o ar condicionado, viagens de professores a eventos externos, economia nos gastos de impressora e materiais de serviço”, explicou.
Além disso, também foi preciso cortar viagens técnicas, bolsas e assistências estudantis foram pagas com atraso e capacitações foram reduzidas.
Uma forma de contornar o problema está em uma brecha dentro do contrato que é firmado com fornecedores. Até o mês de outubro, o IFTM poderá realizar os pagamentos. Após esse prazo, a instituição pode pagar em até 90 dias.
“Eles (os fornecedores) tem o prazo de três meses pra fornecer os serviços. Com a gente consegue pagar todos os fornecedores até outubro, a gente consegue fechar o ano. Porém, a gente passa a dever nossos fornecedores, a gente precisa de mais repasse do governo federal para que a gente possa pagar”, disse Ricardo.
Situação é semelhante no Campus Uberlândia
A situação do Campus Uberlândia, que fica na zona rural do município, não é diferente. O orçamento para 2017 estava estimado na casa dos 5 milhões de reais, mas 15% desse total sofreu contingenciamento. Até o momento, apenas 65% do valor foi repassado.
“Ele (os cortes) afeta a qualidade do ensino. De repente, você fica sem dinheiro pra comprar um reagente pra um professor dar aula em um laboratório, um equipamento que estraga e precisa consertar. Então, começa a afetar a qualidade do ensino
Da mesma forma que o campus Uberlândia Centro, o campus Uberlândia só possui dinheiro até o mês de outubro e está trabalhando com um orçamento equivalente ao do ano de 2012.
Informações no local: Vinícius Lemos