Nesta quarta-feira de cinzas, 14, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o tema da Campanha da Fraternidade de 2018: “Fraternidade e Superação da Violência”. Essa é a segunda vez que a entidade aborda este tema.

O Padre Claudemar Silva, assessor de comunicação do Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Uberlândia, disse que o grande foco da campanha é combater todos os tipos de violência praticados no país, especialmente contra negros, mulheres e adolescentes.

“Esse é um problema que é um problema de todos. É um problema pessoal, mas também é um problema social. Nós vivemos em um país onde é dito que é um país pacífico, mas a gente sabe que, infelizmente, isso não é verdade. A violência tá disseminada em todos os ambientes e espaços”, disse.

Ainda de acordo com o padre, a campanha tem dois principais focos: alertar sobre o problema da violência para cada indivíduo, mas também para a sociedade como um todo e os três poderes.

“A igreja precisa somar forças com a sociedade, com o poder público, com as instâncias de poder, com o município, com o estado e com a federação, de um modo geral. E as pessoas precisam se conscientizar de que a violência é sempre o pior caminho. Com o uso da violência, todos perdem”, comentou.

“Corrupção é violência”

No lançamento oficial da Campanha, que aconteceu em Brasília, o presidente da CNBB, cardeal Sérgio da Rocha, afirmou que a corrupção, que atinge toda a sociedade brasileira, também seria uma forma de violência.

“A corrupção é uma forma de violência, e ela mata. Ao desviar recursos que deveriam ser usados em favor da população, os políticos acabam promovendo uma outra forma de violência contra o ser humano, a miséria. Queremos superar também formas de violência como as representadas pela miséria e pela falta de vida digna”, afirmou o presidente da CNBB.

Informações: Vinícius Lemos e Agência Brasil

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