O IPC-Cepes apresentou uma variação de 0,47% no mês passado, sendo 0,56 ponto percentual acima da taxa de -0,09% registrada em maio de 2020. Dentre os nove grupos analisados pelo Cepes, sete tiveram índice inflacionário positivo, ou seja, com aumento no preço. Já o gasto mensal da Cesta Básica de Alimentos de Uberlândia em junho foi de R$ 446,56, com queda de R$ 11,21 em relação ao mês anterior.
No acumulado dos últimos doze meses em Uberlândia, a variação ficou em 1,26%, enquanto a variação na primeira metade de 2020 ficou no negativo, com -0,10%. (Arte: Divulgação)
O destaque ficou para o Grupo Alimentação e Bebidas, que representa mais de um quarto no peso da inflação calculada pelo Cepes e registrou variação de 0,77%. As frutas tiveram deflação de 9,20% e as carnes registraram aumentos por conta da demanda na exportação para a China, segundo Prado. “O Grupo Carnes apresentou um impacto muito significativo dentro do grupo de alimentação e bebidas; variou 4,31% em junho. Ele contribuiu para o índice geral e supera a média geral”, comenta.
Quando comparado com os índices nacionais de inflação, Uberlândia apresenta maior taxa pelo segundo mês consecutivo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação do custo das famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos, foi de 0,30% em junho, com destaque para alta de 1,27% nos artigos de residência. A diferença é ainda maior em relação à capital mineira, que fechou o mês de junho em 0,10%, No comparativo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avalia os gastos das famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos, a taxa também é mais alta. N o mesmo período mensal o índice atingiu 0,26%.
Artigos de residência tiveram a maior variação mensal, com alta de 2,34%, segundo o Cepes, devido à maior procura durante a quarentena.
A estimativa de salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas, na cidade de Uberlândia, também foi anunciada e ficou em R$ 3.751,57. O salário mínimo oficial (R$ 1.045,00) equivale a 27,85% do necessário, segundo a pesquisa, que avaliou o poder de compra no maior município do interior de Minas Gerais, durante o mês de junho.
Comunica UFU
Pedro Henrique Martins Prado, economista