Educação e economia
A tese Qualidade e equidade da educação e crescimento econômico na Amazônia Brasileira, defendida em abril deste ano por Ednando Batista Vieira, no curso de Doutorado em Economia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), revela que os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal apresentam indicadores econômicos, sociais e educacionais abaixo da média nacional. Segundo o estudo, as maiores desigualdades de oportunidade educacional são causadas, principalmente, por questões econômicas e educacionais da família e por reprovação prévia na escola.
Ditadura civil-militar
A dissertação de Wanderson de Oliveira Coelho, do Mestrado em História da UFU, intitulada O projeto da ditadura civil-militar para a Amazônia no pensamento de Arthur Reis e Meira Mattos (1964-1972), analisa as ideias e a vida política desses autores. “Acompanhamos o vínculo de ambos com a conspiração, o golpe e a ditadura civil-militar de 1964, em seu significado total e, principalmente, no que concerne ao campo político-ideológico. Nesse sentido, apreciamos o trato que cada um deu à questão amazônica, tema que ocupou lugar de destaque no conjunto das obras e que recebeu especial atenção no encaminhamento do projeto de ação do governo ditatorial”, escreve Coelho.
Antagonismos econômicos
Outra dissertação que aborda a Amazônia é Usos hegemônicos e não hegemônicos do território no sudeste do Pará: a moderna mineração e o circuito inferior da economia urbana em Parauapebas, de Walison Silva Reis, do Mestrado em Geografia da UFU. O estudo analisa o processo de modernização da região a partir da década 1950 e mostra as contradições, no município de Parauapebas, entre as atividades modernas da política mineradora, focadas no comércio exterior, e as pequenas atividades não modernas, pouco capitalizadas e de baixa organização, enraizadas à vida local da cidade e/ou da região.
Queimadas
Há um ano, a então estudante Isabella Caixeta Lima defendia o seu trabalho de conclusão de curso (TCC), da Engenharia Ambiental da UFU, intitulado Monitoramento dos focos de queimadas nos biomas Amazônia e Cerrado nas estações seca e chuvosa de 2017. De acordo com a engenheira, a fauna e a flora da Amazônia não são resistentes às queimadas como as espécies do Cerrado. Analisando os dados de focos de queimadas coletados do satélite de referência AQUA, da NASA, a pesquisa concluiu que, na Amazônia, os estados com maior número de focos são Mato Grosso e Pará e, no Cerrado, são Maranhão e Tocantins, “provavelmente devido às práticas de manejo e uso do solo nos quatro estados”.
Formigas do Cerrado e da Amazônia
O professor Heraldo Luis de Vasconcelos, hoje vinculado ao Instituto de Biologia da UFU, foi pesquisador do Departamento de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e coordenador científico do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais em Manaus. Vasconcelos desenvolve pesquisas sobre a ecologia de comunidades de formigas no Cerrado e na Amazônia, com foco nas interações entre formigas e plantas e nas respostas dessas comunidades às perturbações do habitat e às mudanças no uso da terra.
Comunica UFU