Neste domingo, 17, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data serve para alertar sobre os riscos da doença que, atinge um em cada quatro adultos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, valores iguais ou superiores a 140 x 90 mmHg são considerados como hipertensão para todo mundo. Os especialistas alertam que na maioria das pessoas a hipertensão é uma doença silenciosa e que pode trazer complicações como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. “A imensa maioria é assintomática. E o primeiro sintoma pode ser um AVC ou um infarto”, explica o cardiologista do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HC-UFU), Vilmar José Pereira.
Por isso, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são muito importantes para evitar complicações e até morte por doenças cardiovasculares. Pereira destaca que ter um estilo de vida saudável com bons hábitos alimentares e atividade física regular, não fumar, reduzir o consumo de sal e fazer uso de álcool com moderação ajudam a evitar e controlar a doença.
Em tempos de pandemia os cuidados para se evitar a hipertensão devem ser redobrados. Para a Sociedade Brasileira de Hipertensão algumas evidências sugerem que indivíduos hipertensos, principalmente os com doenças cardiovasculares, apresentam maior risco de ter casos mais complicados do novo coronavírus.
O cardiologista explica que neste momento de isolamento social a ansiedade, o medo e o estresse, somados ao sedentarismo e a uma dieta desequilibrada se tornam fatores de risco para alteração dos níveis de pressão arterial. “Agora, é fundamental ter uma dieta saudável, se exercitar em casa, redobrar a atenção com a medicação e tentar controlar os níveis de estresse ”, alerta.
O médico destaca ainda que é preciso ficar atento a sintomas como dor no peito, falta de ar e sudorese, que podem ser indicativos de um infarto, e procurar imediatamente um serviço de saúde. “Em todo o mundo, diminuiu muito o número de pacientes infartados que chegam aos hospitais. As pessoas estão morrendo em casa, porque não procuram um médico ou hospital com medo da pandemia”, afirma. Na dúvida, procure uma unidade de saúde ou entre em contato com o seu médico. “No infarto e no acidente vascular cerebral, o tempo é muito importante, tanto para o diagnóstico, quanto para o sucesso do tratamento”, ressalta Pereira.
Comunica UFU