Os cursos gratuitos de Braille, Sorobã e Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) atraem cada vez mais alunos, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva. As atividades são oferecidas no Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz (Cemepe), pela Secretaria Municipal de Educação, para servidores municipais e comunidade em geral. As aulas de Braille e Sorobã são oferecidas nos turnos da manhã e da tarde, enquanto que as de Libras ocorrem pela manhã e à noite.
A estudante do curso de Recursos Humanos, Pollyane Soares de Oliveira Silva, matriculou-se no de curso de Libras após perceber que há carência por profissionais preparados para atender pessoas com deficiência auditiva. “É preciso nos preparar para uma comunicação mais ampla e eficaz com este público. Com o curso, estou me sentindo mais preparada para conviver com todos, respeitando suas características”, disse.
Além do fator humano, para a aluna do curso de Braille e Sorobã, Flávia Reis Veríssimo, o Cemepe possibilitou um aperfeiçoamento profissional que ela sempre desejou. “Sou estudante de Pedagogia e pretendo me especializar em educação especial. O curso também está me proporcionando melhores percepções de mundo e de respeito ao próximo”, contou.
Braille e Sorobã
Atualmente, o curso “A escrita e a leitura no sistema Braille” atende 12 alunos oferecendo os conhecimentos básicos do Braille e do Sorobã. O aprendizado promove a independência e a inclusão das pessoas com deficiências visuais nos ambientes sociais, além de preparar o público em geral para utilizar o método.
Com 18 anos de experiência como professora de Braille e Sorobã e 67 de idade, Cleuza Maria de Souza utiliza os sistemas há mais de 50 anos e é servidora municipal há 25 anos. Ela destaca que atualmente a tecnologia e a informática estão ajudando no dia a dia de quem tem alguma deficiência. “O computador contribui, mas nada substitui o papel. Por isso, é tão importante aprender o Braille”, afirma. Durante as aulas os alunos aprendem a utilizar a reglete e o punção, instrumentos do Braille, bem como o ábaco, do Sorobã.
Libras
Atendendo cerca de cem alunos distribuídos em quatro turmas, o curso de Libras melhora a interação e a comunicação das pessoas com os demais usuários desta língua no dia a dia, contribuindo para a inclusão social das pessoas com surdez.
Mais de 2 mil alunos
Segundo a coordenadora de ensino, Maria Isabel de Araújo, do Cemepe, atualmente a rede municipal de ensino atende 2,5 mil alunos com alguma deficiência, transtorno global do desenvolvimento e/ou altas habilidades. Para atender melhor este público e a comunidade em geral, o Cemepe oferece os cursos aos servidores da Secretaria Municipal de Educação e à comunidade em geral. As aulas são ministradas por instrutores e professores devidamente capacitados e utilizam materiais adequados para o melhor aprendizado.
“Quando capacitamos professores, trabalhamos com eles as possíveis metodologias para os trabalhos nas escolas, a fim de possível que todos os alunos aprendam no mesmo prazo, porém, respeitando as características de cada um”, destacou Maria Isabel de Araújo.
A coordenadora destaca ainda que é importante as pessoas em geral terem conhecimento quanto ao idioma utilizado pelo outro. “Quanto mais pessoas bilíngues existirem, mais acessível serão as escolas, repartições públicas, empresas particulares e, principalmente, as oportunidades”, destacou.
Prefeitura de Uberlândia