Nesta quarta-feira, 29, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Mas apesar dos crescentes esforços para diminuir o número de fumantes no país, a estimativa é que 31 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil sejam registrados em 2018, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer.
Quem conseguiu abandonar o vício foi a professora universitária Mirna Tônus, que já está há oito anos livre do cigarro após fumar por 12. Em entrevista para a TV Vitoriosa, disse que tomou a decisão após quase perder a vida em decorrência do fumo.
“Faz oito anos que parei de fumar por que eu quase morri em uma cirurgia. Na hora que deram a anestesia, minha respiração falhou. E o médico chamou minha família pra dizer que se eu tivesse de fazer outra cirurgia eu não ia sobreviver. Então, tive de ter força e parar mesmo”, disse.
Quem também tomou a mesma decisão foi seu pai, Juvenal Tônus, que abandonou o vício há 11 anos após fumar por 47. No entanto, atualmente precisa respirar com a ajuda de um aparelho após ser diagnosticado com enfisema pulmonar por conta do cigarro.
“Enquanto não fiquei doente, deu pra levar bem, não sentia nada. Mas quando veio, veio de repente. Eu achava que não ia ficar doente, que dependia do organismo da pessoa, de cada um. Pensava assim, dessa maneira”, disse.
“Sempre vale a pena parar de fumar”
A oncologista Lara Cabral lembra que em torno de 90% dos casos de câncer de pulmão do Brasil possuem relação com o fumo e que até mesmo quem já foi acometido pela doença possui maiores chances de sobrevivência se abandonar o hábito por completo. E diz que nunca é tarde para abrir mão do cigarro.
“O melhor é quanto antes, mas a gente brinca que toda hora é hora, sempre que o paciente tiver disposto, não importa se ele fumou 10, 20, 30 anos. Sempre vale a pena parar de fumar”, afirmou a oncologista.
Informações: Anderson Magrão