A cada mês, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) realiza aproximadamente 800 atendimentos de desobstrução na rede de esgoto em Uberlândia. E alguns casos são tão sérios que algumas obras de intervenção precisam ser realizadas pela autarquia.
É o caso do que ocorreu na Rua Nilo, no Bairro Canaã, na última sexta-feira, 20. Equipes do Dmae precisaram escavar a rua para realizar uma desobstrução. Durante os trabalhos, os funcionários encontraram diversos objetos obstruindo a rede de esgoto, que danificaram todo o sistema e causaram transtornos para a população.
Em participação ao vivo no programa Conexão Vitoriosa nesta segunda-feira, 23, Renato Goulart, gerente de manutenção de água e esgoto do Dmae, lembra que a rede de esgoto não está preparada para receber materiais sólidos.
“Infelizmente, a população, nesse sentido, tem se comportado de maneira inadequada. A rede de esgoto foi feita para receber esgoto, objeto líquido. Material sólido acontece com muita frequência nesses casos e a gente tem que fazer uma manutenção, igual a essa que ta acontecendo na Rua Nilo”, disse Goulart.
O gerente afirma que é muito comum encontrar talheres, absorvente, fraldas descartáveis, prendedores de roupas e os mais diversos tipos de objeto entupindo a rede de esgoto. E lembra que a própria população sai prejudicada com esse ato.
“Ele (o cidadão) pode ta trazendo problema pra ele mesmo. Ele está jogando uma sujeira que traz problemas pra ele e pros vizinhos”, disse.
Por fim, Goulart lembra a população que ligações entre a rede pluvial e a de esgoto também podem causar problemas nesse sentido, se elas não forem feitas de maneira adequada.
“Como já falei, a rede de esgoto foi dimensionada para esgoto. A partir do momento que você põe a pluvial, principalmente nos momentos de chuva, essa rede enche, junto com o material sólido, e novamente, vem o refluxo de esgoto”, disse.
Informações: Everton Fernandes