Conforme demonstrado pelo último boletim epidemiológico publicado, ontem, quarta-feira, 5, o número de notificações de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais está estável há mais de 15 dias, com 1.124 casos notificados. Desde a primeira quinzena de fevereiro já foi observada uma redução no número das notificações e o último caso confirmado, até o momento, teve início dos sintomas em 14 de março de 2017.

A atuação do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), no bloqueio da doença, em várias frentes, desde o surgimento dos primeiros casos, é uma das razões que explicam a estabilização das notificações de novos casos, e foi uma determinação do governador Fernando Pimentel.

De acordo com o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, a atuação conjunta do estado e municípios foi fundamental para a diminuição dos casos. “O Governo de Minas Gerais deu prioridade às ações de controle do surto. Por isso, a diminuição do número de notificações da doença se deve principalmente às atividades de prevenção e controle realizadas pelo estado em conjunto com os municípios, através da vacinação, controle vetorial, além da vigilância e investigação dos casos humanos e epizootias, que é a morte dos macacos”, explica.

Em janeiro de 2017, municípios das regiões de Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares registraram casos de febre hemorrágica aguda, um dos sintomas que mostra probabilidade para febre amarela. A partir daí, a SES-MG começou a desenvolver diversas ações para o controle, enfrentamento e prevenção da doença. Entre as principais atividades, estava a intensificação vacinal casa a casa nas áreas com registros de casos ou de mortes de macacos (epizootias). Ao todo, em 2017 já foram distribuídas 7,5 milhões de doses de vacinas contra febre amarela em todo o estado, 3,4 milhões somente no mês de janeiro.

De acordo com a superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Deise Aparecida dos Santos, as ações de controle da doença permanecem principalmente no que se refere à vacinação. “A distribuição das vacinas segue constante, dentro da capacidade de entrega pelo Ministério da Saúde e da capacidade de armazenamento e administração das doses pelas equipes de saúde dos municípios”, afirma.

Ações de controle da doença

Além da vacinação, o Governo de Minas Gerais, por meio da SES-MG realizou uma série de ações para controle da doença e atendimento dos pacientes. Foi definido um novo fluxo de atendimento em hospitais de referência para a doença, com a abertura de novos leitos e organização da rede assistencial. Juntamente com as vacinas, foram enviados medicamentos como soro, paracetamol e dipirona para os municípios com maior número de casos e hospitais de referência.

Também por determinação do governador Fernando Pimentel, foi criada a Sala de Situação, com o objetivo de monitorar o surgimento de novos casos, facilitando o fluxo de informações e a tomada de decisões. Profissionais de saúde, incluindo gestores e médicos foram enviados às regiões afetadas, facilitando a investigação do surto e do fluxo de atendimento dos pacientes. A SES-MG também solicitou o deslocamento de profissionais voluntários da Força Nacional do SUS para as áreas afetadas e a Polícia Civil disponibilizou helicóptero para reforçar a entrega de vacinas contra febre amarela no interior do estado.

Campanha de comunicação

Dividida em duas etapas, a campanha publicitária contra a Febre Amarela desenvolvida pela SES-MG priorizou, em um primeiro momento, as regiões de áreas endêmicas do leste do Estado com cartazes, cartilhas e spots, como forma de alertar a população sobre a importância de se vacinar pelo SUS, principalmente para quem mora ou vai viajar para área rural, de mata ou silvestre, locais onde há a possibilidade maior de se contrair a doença.

Logo em seguida, foi lançada a campanha em todo o Estado, informando que a vacina contra a Febre Amarela faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS. Além disso, todo o material da campanha orienta a população a atualizar o cartão de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de informar a importância de se proteger contra a Febre Amarela, principalmente para quem vai se deslocar para áreas endêmicas.

Também foi criado um hotsite especial (www.saude.mg.gov.br/febreamarela) que reúne várias informações sobre a doença, bem como as ações da SES-MG e os Informes Epidemiológicos são publicados com periodicidade. Nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais vem publicando uma série de postagens informativas esclarecendo dúvidas sobre a doença, a vacina e a importância de se preservar a vida dos macacos na natureza, que funcionam como uma espécie de “sentinela”, auxiliando os agentes de saúde a identificar os possíveis focos da Febre Amarela em determinada região.

Além disso, mais de 99 mil cartazes e 480 mil cartilhas foram enviadas para ações de mobilização junto à população das regiões prioritárias, numa parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Também foram realizados capacitações e seminários em diversos municípios sobre ações de enfrentamento da doença, incluindo a participação de profissionais de saúde dos 51 municípios que pertencem à Regional de Saúde de Governador Valadares.

Agência Minas

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