O estudante de enfermagem Yago Matheus reclama do atendimento do recebeu na UAI do Bairro Martins. Ele foi até o posto de saúde após sentir fortes cólicas de rins e afirmou que além da demora no atendimento e de ter sido mal medicado, ele e seu acompanhante foram agredidos por um vigilante do local.
Yago chegou a UAI na noite do último domingo, com fortes cólicas de rins. Em um primeiro momento, se identificou como estudante de enfermagem e afirmou que precisava de um medicamento específico para seu problema. O jovem disse que a médica o confundiu com um viciado e que lhe passou uma dosagem inadequada.
Depois de 1h30, Yago alegou que as dores não melhoraram. Ele e seu acompanhante solicitaram atendimentos seis vezes, e quando a médica retornou, disse não poderia lhe medicar mais.
Nesse momento, Yago e o seu acompanhante se desentenderam com a médica e receberam o apoio dos demais pacientes que estavam na UAI. Seu amigo voltou até a sala da doutora e nesse momento, começou a ser agredido pelo vigilante, bem com o estudante.
Só depois de passada a confusão, que terminou com a chegada da Polícia Militar, que Yago foi devidamente medicado.
O estudante disse que ainda está sentindo dores, mas que está com medo de retornar para a UAI. “Não voltei na UAI, com medo. Falei pro Gabriel (o acompanhante), não tem como voltar, to com medo. Não voltei por medo”, disse Yago.
Palavra dos coordenadores da UAI Martins e da vigilância
Em entrevista para a equipe de reportagem da TV Vitoriosa, o coordenador da UAI Martins, Rafael Cassiano Silva, afirmou que médica relatou o pedido de Yago com relação à dosagem do medicamento e que foi questionada em relação a isso, mas que manteve sua conduta. “A gente sabe que o que ela fez é a forma mais segura, em termos de analgesia”, disse.
Já com relação à conduta do vigilante, o coordenador de vigilância, Carlos Mendes, explicou que os seguranças estão no local para inibir situações dessa natureza e que o vigilante agiu para defender a médica. Mas que medidas administrativas podem ser tomadas contra o vigia.
“No procedimento administrativo, vão ser tomadas as medidas dentro da empresa, para verificação se houve excesso ou não. E ele vai ser punido conforme a CLT. Até o presente momento, foi mostrado, por parte do vigilante, que ele agiu em legitima defesa, após ter sofrido uma agressão física”, explicou Carlos.
Informações: Anderson Magrão
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