As cidades de Araguari e Uberlândia estão sofrendo com uma longa estiagem que já dura mais de 100 dias. Por conta disso, os estoques de água dos dois municípios estão baixos e autoridades pedem para que a população tente economizar o máximo possível.

Em Araguari, na última sexta-feira e no último sábado (dias 1º e 2), alguns bairros da cidade tiveram o abastecimento comprometido. André Reis, superintendente da Superintendência de Água e Esgoto (SAE) do município, disse que a situação já está normalizada e afirmou que o problema foi consequência da quebra de uma bomba.

“A falta de água decorreu de um problema que ocorreu no sistema de poço artesiano, onde houve a queima de uma bomba. (O problema) Já foi solucionado no sábado, onde nós corrigimos, consertamos e trocamos a bomba, e ainda detectamos que estava com pouca vazão, com pouco volume”, explicou.

Apesar de não ter relação com o problema, o superintendente pede para que a população economize água pelos próximos dias. “Tem 100 dias que nós estamos sem chuva. Nesse período, necessitamos de certas precauções que evitem que falte (água). Que o morador evite lavar a rua, lavar a calçada”, disse.

Alerta em Uberlândia

A longa estiagem também afeta a cidade de Uberlândia. Se já não bastasse tal fato, o consumo médio de água dos uberlandenses é considerado alto. Cada pessoa gasta, em média, 280 litros por dia, o que é quase o triplo do valor recomendado pelo Instituto Trata Brasil, que é de 95 litros.

Mesmo com tal situação, Sérgio Vieira Attiê, diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), descartou a possibilidade de racionamento na cidade.

“Por enquanto, não temos risco de racionamento. Hoje, estamos produzindo água de acordo com a necessidade da população. Tudo que a população necessita a gente ta conseguindo produzir”, disse.

Apesar da possibilidade de racionamento ser descartada, as duas Estações de Tratamento de Água (ETA) de Uberlândia estão abaixo da capacidade. O nível do reservatório da estação Sucupira, por exemplo, está em 2,45 metros, sendo que o recomendado é 3 metros.

Se comparado com o mesmo período de 2016, o consumo em Uberlândia aumentou 30%, o que seria suficiente para abastecer uma cidade de 150 mil habitantes.

O diretor do DMAE acredita que o fato da água de Uberlândia ser a mais barata do Brasil, se comparada com municípios de porte semelhante, é um fator preponderante para o aumento do consumo.

“Cidades onde a água é, naturalmente, barata, como Uberlândia é, o consumo, per capita, é em torno de 250 litros. Nas cidades onde a água é mais cara, que tem uma tarifa normal, o consumo é de 160 litros por habitante”, explicou Sérgio.

Informações nos locais: Lourival Santos e Camila Rabelo

https://www.youtube.com/watch?v=fJdoeCiXD8c

https://www.youtube.com/watch?v=sLSYJ1mqu90

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