O que sobrou depois da devastação provocada pela força das águas foi o caos e os dramas a serem contados pelas famílias afetadas. Nossa equipe foi falar com os moradores de Prata.

Com os olhos cheios d’água o produtor rural Salvador dos Santos Fernandes observa o que sobrou da horta de onde ele tirava o sustento da família. Agora não sobrou nada. O companheiro dele trabalho, Airton Vicente Pereira sofreu ferimentos no braço, na perna e na barriga, ao quase ser arrastado pela enxurrada.

Foram quase 200 milímetros de chuva em aproximadamente duas horas. O suficiente para devastar a cidade. Uma igreja evangélica centenária foi quase completamente derrubada.

Dezenas de famílias perderam tudo. Móveis, roupas, colchões e alimentos. Na casa da dona aposentada Ana Aparecida de Paula a enxurrada chegou a arrancar a pia da cozinha. No quintal ela mostra a altura que a água atingiu nas plantas – acima da cintura dela. Ela conta que quase foi arrastada juntamente com a neta.

O senhor Djalma Costa estava com a esposa em casa quando o muro da residência desabou. A força da correnteza era tanta que bloqueou a porta e não havia força que a abrisse. A água chegou no peito dele e no pescoço da esposa. Eles precisaram ser resgatados.

O tratorista José Henrique dos Santos Oliveira mora ao lado do rio. A casa dele foi interditada. Perdeu tudo, mas conseguiu salvar a esposa e a filha pequena.

A auxiliar de limpeza Valéria Silva Ramalho teve prejuízo dobrado. Veja este e todos os outros depoimentos no vídeo abaixo.

Uma rede de solidariedade foi montada na cidade. Voluntários se uniram para limpar ruas, doar alimentos e amenizar o sofrimento dos desabrigados. Um acalento para quem tem que começar tudo de novo.

Vejam na reportagem de Kátia Medeiros

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