Fonte: Fellipe Duarte/Reprodução TV Vitoriosa

Uma mulher de Uberlândia, que pediu para não ser identificada, se tornou vítima de calúnia nas redes sociais, após ser acusada de ter torturado uma criança. Tudo não passava de uma das chamadas fake news (as notícias falsas que circulam na internet) e a vítima deixa o alerta para a população.

A mulher afirmou que soube a respeito da montagem após ser alertada por uma amiga e disse que desde então, é questionada diariamente sobre a imagem e que tem medo de ser agredida na rua por alguém.

“Eu to com medo, por que a gente não sabe a maldade de uma pessoa que te ver na rua após ver uma imagem dessa. Vou ser sincera que to bem com medo”, disse.

A criança da imagem utilizada na montagem foi, na realidade, vítima de maus tratos em uma creche na cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, em 2017, e  foi retirada de um site de notícias.

A vítima também alega que tem ideia de quem foram os responsáveis pela divulgação da montagem em questão.

“Comprei uma capinha de celular e quis devolver ela no tempo em que podia devolvê-la, por que ela veio mal feita. E na tentativa de devolução, eles não quiseram recebê-la. Tenho quase certeza que foram eles, por que fizeram com outras também. Na página (do Facebook) tem muitas pessoas fazendo queixa disso, que eles ameaçam as pessoas”, disse.

“Eles falaram que se eu não pagasse na data que eles tinham falado, eles iam colocar minha foto em rede social, e foi o que eles fizeram”, complementou.

A mulher fez um Boletim de Ocorrência sobre o crime e já procurou a ajuda de um advogado para levar o caso até a justiça

Orientações de um advogado

O advogado Alexandre Guerra explicou que a vítima fez o certo em procurar a ajuda de um profissional e lembra que quem comete esse tipo de crime está sujeito a diversos tipos de punição.

“Os crimes de calúnia, difamação, os crimes contra a honra, são crimes de menor potencial ofensivo, mas a repercussão deles pode condicionar a algo muito mais grandioso. Dentro do que tá exposto, é um crime com detenção e multa”, explicou.

E o medo da vítima em ser agredida na rua não é nenhum exagero. Por ela ter sido envolvida em um caso que gera comoção entre as pessoas, ela realmente está sujeita a algum tipo de violência.

“Suponhamos que ela seja reconhecida na rua e alguém queira fazer justiça com as próprias mãos, pode ser algo inimaginável. Quem propaga fake news não faz noção do perigo”, disse Guerra.

Informações: Marina Caixeta

 

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