A estiagem prolongada castiga a região do Triângulo Mineiro com a redução dos recursos hídricos. E para piorar a situação, a quantidade de incêndios em vegetação também tem registro histórico.
O registro em 2017 é: menos chuva, mais fogo. Aliás, bem mais fogo. Enquanto neste ano choveu aproximadamente 150 mm menos que em 2016, o número de incêndios e queimadas aumentou 80% entre junho e setembro.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, neste segundo semestre, foram registradas 382 ocorrências de fogo em matas, sejam na zona urbana ou rural. No ano passado, entre junho se setembro foram 212 casos, 170 casos a menos.
Os bombeiros dividem os casos em 11 tipos diferentes de ocorrências. O maior volume foi de lotes vagos queimados, 127 deles desde junho. Mas o fogo em áreas rurais acaba trazendo mais estragos. Só nas áreas rurais não protegidas foram 54 ocorrências no segundo semestre.
E chuva de verdade, que poderia ajudar a reduzir as queimadas, ainda deve demorar quase 1 mês para Uberlândia.
A imagem de uma cobra queimada enquanto tentava fugir em um incêndio na Reserva do Panga chamou a atenção. No local, 20 hectares foram queimados. Já na Reserva do Clube Caça e Pesca foram outros 50 hectares destruídos pela fogo.
O pior incêndio, contudo, foi em uma área protegida de uma empresa alimentícia: 650 hectares destruídos por uma queimada. A fumaça chamou a atenção.
Resultado de muito descuido humano, segundo os bombeiros.
INCÊNDIOS
Junho a Setembro
2017 – 382 casos
2016 – 212 casos
Aumento de 80% em 2017
Repórter: Vinícius Lemos