Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia lançaram um livro no qual descrevem o uso, e seus resultados, de uma espécie de medicamento “homeopata” que pode ser aplicado em plantas, que poderia substituir o uso de agrotóxicos em grandes plantações.
Esse medicamento é altamente diluído e borrifado no verso das folhas das plantas, para poder melhorar a absorção. Chamado de BioFAO, ele surgiu, originalmente, como um remédio humano, voltado para pessoas que se contaminaram com agrotóxicos. Quem sugeriu o uso pela primeira vez foi a médica homeopata Miriam de Amorim.
“Um técnico agrícola intoxicado perguntou o que ele faria, porque o sustento dele era a cultura de tomates. Aí ele perguntou pra médica ‘posso usar esse BioFAO nos tomateiros?’ Ela falou ‘experimente’ e funcionou”, relatou a pesquisadora Marli Ranal.
Uma característica peculiar do BioFAO é que ele, na realidade, apenas estimula as defesas naturais da planta.
“Em primeiro lugar, ele não tem moléculas, não é um medicamento químico, ele tem informação eletromagnética. Essa informação eletromagnética, chegando até a planta, ela vai organizar a planta, vai fazer um processo de autocura e de imunidade. E isso vai funcionar como um remédio para o ser humano, livre do veneno e com a adição da substância de defesa”, disse Marli.
Um resultado que os pesquisadores notaram foi a diminuição do número de pulgões nas plantas. E outra vantagem do medicamento é o seu baixo custo: 90 reais já são o suficiente para proteger 1 hectare de uma plantação, com o uso de 7 frascos do BioFAO.
E o próximo passo é conseguir viabilizar seu uso em grandes plantações. “Ele é revolucionário. Em primeiro lugar, porque você elimina o veneno da vida do ser humano. O agrotóxico controla os insetos matando, e o BioFAO não, ele controla fazendo a auto-organização da planta e dos insetos, todos vão permanecer vivos, mas com as populações controladas”, disse Marli.
Informações no local: Vinícius Lemos