O projeto Justiça na Escola, criado em parceria entre a prefeitura e órgãos de justiça, teve início no último mês de maio e passará por diversos colégios estaduais e municipais de Uberlândia até o final do ano. O objetivo é conscientizar alunos, pais e professores sobre as consequências da violência no ambiente escolar.
Para muitos especialistas em educação, é preciso mudar as bases familiares e escolares, como forma de combater a violência nesses lugares. “Nós precisamos tratar, necessariamente, a categoria violência como uma categoria bastante complexa. Não é possível apanhar a violência apenas na sua forma de manifestação inicial. É preciso entender as causas geradoras”, disse José Fernando Siqueira, doutor em serviço social.
O Justiça na Escola aborda questões como violência doméstica, atos infracionais, drogas, estatuto da criança e do adolescente e indisciplina na escola.
Outros problemas
O trânsito também costuma ser um problema recorrente na porta de escolas. Em um colégio no Bairro Roosevelt, por exemplo, muitos pais afirmam que o movimento de carros e motos é constante e perigoso, e que precisam se preocupar com a segurança de seus filhos, ao deixá-los e buscá-los na porta do local.
Em outra escola, no Bairro Tocantins, uma dona de casa afirma que o filho está sem aula de matemática há alguns meses, após a professora da disciplina se afastar por problemas de saúde. “Conversei com a escola, e falaram que é a secretaria de educação que faz a contratação, e que a culpa não é deles. E que vai ter outro processo seletivo, mas já estamos no meio do ano. Vai fazer um processo seletivo só agora?”, questionou a mãe.
Nesse mesmo colégio, no turno da noite, muitos alunos e professoras vivem com medo. Uma delas, que pediu para não ser identificada, disse que os estudantes soltam bombas no local, enquanto que outra afirmou que já sofreu ameaças de morte.
Informações nos locais: Kátia Medeiros e Lourival Santos