Um temporal que caiu em Uberlândia no final da última quinta-feira, 6, assustou a população de Uberlândia e causou diversos estragos e transtornos pela cidade.
Um dos bairros mais afetados pelo temporal foi o Saraiva. O asfalto da Avenida Manoel dos Santos foi arrancado com a força da enxurrada, enquanto que um prédio do local chegou a ser destelhado com a força dos ventos. Já nas proximidades do Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), uma árvore chegou a ser levada pela correnteza.
A Avenida Rondon Pacheco também ficou alagada em alguns trechos. O Viaduto Jayme Tannús, que passa por cima de uma das principais vias da cidade, acumulou uma grande quantidade de água e pegou muitos motoristas de surpresa.
Outras vias importantes da cidade também sofreram com o mesmo problema, como a Avenida Anselmo Alves dos Santos, o que deixou o trânsito lento nesses locais.
Várias árvores também caíram com a força do temporal e dos ventos. No Bairro Patrimônio, uma árvore chegou a bloquear a entrada e a saída de moradores de um condomínio e em alguns locais, a população chegou a ficar sem energia.
Em entrevista para o programa Chumbo Grosso, o professor Paulo César, do laboratório de climatologia da UFU, explicou que na região do Bairro Santa Mônica, choveu um total de 64 mm durante os 40 minutos do temporal, mas que existe a possibilidade desse número ser maior em outros locais da cidade.
O professor também explicou que o temporal foi causado por um fenômeno climático.
“Esse fenômeno foi causado por um tipo de nuvem que a gente chama de cumulonimbus, que são nuvens de movimento vertical que promovem uma grande quantidade de chuva em pouco espaço de tempo. Em alguns locais, chegou a produzir precipitação de granizo e grandes rajadas de vento, tudo relacionado à formação desse evento”, explicou.
Como esse fenômeno concentra as chuvas em um único local, muitos locais de Uberlândia registraram poucas pancadas de chuva ou sequer choveu.
“Ocorre em um setor da cidade chuvas rápidas e intensas, mas em outros locais, normalmente esse fenômeno não ocorre”, disse.
Paulo César explicou também que essa chuva já era aguardada e que a região deve permanecer em estado de alerta pelos próximos dias.
Informações: Léo Carvalho