Em todo o país, 62 milhões de pessoas terminaram o último mês de abril com o nome negativado na praça, o que equivale a 40% da população adulta brasileira, de acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil. E a situação em Uberlândia não é diferente.

De acordo com a Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) de Uberlândia, houve um aumento de 3,6% no números de pessoas inadimplentes na cidade no mês passado. De acordo com Renata Barbosa, gerente de relacionamentos, soluções e negócios da CDL, o grande vilão da população ainda é o cartão de crédito.

“As pessoas vão utilizando muito o cartão de crédito. Hoje, temos muitas ofertas de cartões sem taxas de juros muito altas, sem anuidade. Então, as pessoas vão indo pra esse tipo de pagamento sem lembrar que no final do mês, tem uma fatura pra pagar”, disse.

E esse alto número de inadimplentes também afeta o próprio mercado varjista, que precisa apelar para promoções e condições especiais de pagamento para não ficar no prejuízo.

Dicas para não ficar com o nome sujo na praça e como resolver a questão

O economista Benito Salomão dá uma dica importante para evitar o problema: realizar um controle sobre as receitas e despesas pessoais.

“É necessário que as pessoas tenham acesso ao seu orçamento, tenham controle de suas receitas e despesas. E a partir desse controle, poder separar o que é despesa essencial, que você não pode ficar sem, alimentação, moradia, etc; e aquilo que é supérfluo. É muito difícil baixar padrão de vida, mas na atual conjuntura da economia brasileira, onde não há perspectiva de melhora, não há outra saída.

Mas para quem já está com o nome negativado, Renata Barbosa diz que a melhor forma de resolver a questão é realizar uma negociação da dívida.

“As pessoas podem vir até o balcão da CDL pra consultar o seu nome. A partir daí, temos algumas empresas que fazem a negociação aqui também. É possível que essa pessoa saia daqui com o título negociado e ela vai conseguir fazer o pagamento. Se o título não estiver na CDL, ele pode procurar a empresa credora, que, claro, com a inadimplência nesse volume, as empresas estão, sim, abertas a fazer essa negociação”, explicou.

Informações: Rodrigo Silva

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