O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) condenou nesta quinta (20), a advogada de Uberlândia Flávia Aparecida Rodriguez Moraes pelo crime de “conduzir, instigar ou instigar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade”.
Na denúncia, o promotor Marco Aurélio Nogueira pede que a Justiça determine o pagamento de R$ 100 mil como indenização por danos morais, que serão destinados para ações de promoção da igualdade étnica.
Relembre o caso
Em vídeo divulgado nas redes sociais, em 5 (Outubro), após o resultado do primeiro turno das eleições 2022, a advogada surge em companhia de duas amigas se referindo de maneira preconceituosa e pejorativa ao povo do Nordeste. Veja o vídeo:
“A partir de hoje temos que ser muito inteligentes. Nós geramos empregos, nós pagamos impostos e sabe o que a gente faz? A gente gasta nosso dinheiro lá no Nordeste. Não vamos fazer isso mais. Vamos gastar dinheiro com quem realmente precisa e quem realmente merece. A gente não vai mais alimentar quem vive de migalhas. Vamos gastar nosso dinheiro no Sudeste, no Sul ou fora do Brasil. Um brinde a quem deixou de ser palhaço a partir de hoje”, afirmou Flávia no vídeo, em que aparece acompanhada por outras duas mulheres que fazem coro à publicação.
OAB
Flávia exercia o cargo de vice-presidente da Comissão da Mulher da OAB Uberlândia, mas após a divulgação do vídeo e repercussão negativa, a advogada foi exonerada do cargo.
Defensoria Pública
A Defensoria Pública de Minas Gerais propôs no dia 7 de Outubro, uma ação civil pública contra Flávia. O órgão pedia que a advogada fosse condenada a pagar R$ 100 mil em danos morais.