Sistema lançado pelo governo federal já está disponível e permite bloqueio de aplicativos em caso de roubo do aparelho
O aplicativo Celular Seguro lançado pelo governo federal já tem mais de 100 mil downloads no seu primeiro dia, segundo dados do navegador Android. A Apple não informou quantos downloads já foram feitos em sua loja virtual.
O download do aplicativo Celular Seguro foi disponibilizado nesta 4ª feira (20.dez) e permite bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques. Também é possível acessar o sistema no site celularseguro.mj.gov.br.
Após baixar o aplicativo ou acessar o site, é preciso fazer o login por meio da conta gov.br. O usuário deverá cadastrar seu aparelho informando o número, marca e modelo. Pode ser registrado mais de um dispositivo, mas a linha deve estar cadastrada no CPF do usuário.
O sistema permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.
Após descrever quando, onde e como ocorreu o problema, o sistema emitirá alertas para instituições participantes, para que tomem as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros, do aparelho e da linha telefônica.
O bloqueio da linha telefônica, por meio do chip, estará disponível no aplicativo a partir de 9 de fevereiro. Até lá, será preciso continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.
Confira o passo a passo para começar a usar:
- Para baixar, é necessário abrir o Google Play ou App Store e buscar por “Celular Seguro”;
- Após o download, o aplicativo pede as credenciais do cadastro no gov.br. Em seguida, é necessário aceitar os termos e condições de uso;
- O aplicativo oferece, então, três opções no display: Pessoas de Confiança; Registrar Telefone e Registrar Ocorrência;
- O cadastro de pessoas de confiança é opcional;
- Para registrar o telefone é necessário informar o número, a operadora e o modelo do aparelho. Também são solicitadas informações como o IMEI (código que identifica o celular), mas, caso não seja informado, o cadastro pode ser realizado mesmo assim;
- Em registrar ocorrência é possível informar a perda, furto ou roubo do aparelho. Com o registro, o aplicativo irá notificar a Anatel e os bancos parceiros, além de gerar um número de protocolo.
- Também é possível ter acesso ao serviço pelo computador, por meio de navegadores como Google Chrome e Microsoft Edge. Basta clicar neste link.
Onde baixar o aplicativo?
- Ele deverá ser baixado única e exclusivamente nas lojas App Store e Play Store oficiais.
Quais dados pessoais do usuário do celular serão colhidos pelo sistema?
- Nome, CPF, E-mail, marca do aparelho, modelo, número de série, operadora, número do telefone, IMEI, cidade, estado e geolocalização (Dado tratado apenas pelo login único GOV.BR, não pelo aplicativo Celular Seguro).
Quais dados da “pessoa de confiança” serão cadastrados?
- Nome, telefone, e-mail e CPF.
O que a “pessoa de confiança” poderá visualizar?
- Apenas seu nome e telefone.
Meus dados e dessa “pessoa de confiança” estarão protegidos?
- Segundo o Ministério da Justiça, “a Administração Pública se compromete a cumprir todas as legislações inerentes ao uso correto dos dados pessoais do Usuário e da Pessoa de Confiança de forma a preservar a privacidade dos dados utilizados no serviço, bem como a garantir todos os direitos e garantias legais”.
Se eu tiver o celular furtado preciso fazer Boletim de Ocorrência e avisar o banco?
- Sim. Segundo o Ministério da Justiça, “a comunicação via aplicativo ou plataforma web não exime o usuário de realizar as comunicações necessárias perante autoridades policiais, operadoras de telefonia e instituições financeiras e de pagamento”.
E seu eu tiver o celular clonado ou hackeado?
- O “Termos de Uso e Política de Privacidade do Programa Celular Seguro” diz que o Ministério da Justiça e Segurança Pública não poderá ser responsabilizado se o seu celular estiver infectado com vírus ou for invadido por hackers usando códigos maliciosos; estiver quebrado; tiver sido clonado; apresentar vulnerabilidades ou instabilidades existentes nos serviços do Usuário ou indisponibilidade do Sistema Celular Seguro por causa de problemas técnicos.
- O termo ressalta ainda que “em nenhuma hipótese, a Administração Pública Federal será responsável pela instalação, no equipamento do Usuário ou de Terceiros, de Códigos Maliciosos (vírus, trojans, malware, worm, bot, backdoor, spyware, rootkit, ou de quaisquer outros que venham a ser criados), em decorrência da navegação na internet pelo usuário”.
Quais bancos e instituições aderiram à plataforma?
- Até agora, já aderiram: Banco do Brasil, Banco PAN, BTG, Bradesco, Caixa, Inter, Itaú, Santander, Safra, XP, Sicoob, Sicred, Zetta, iFood, 99, Uber, Google, além das entidades Abinee, Conexis, ABR Telecom, Febraban e Anatel.
SBT NEWS