Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra uma expectativa de recorde nas vendas da Black Friday
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), estima que a Black Friday de 2025 movimente R$ 5,4 bilhões na economia brasileira. O volume representa um crescimento de 2,4% ante a mesma data do ano passado, representando um recorde de movimentação financeira desde o início da série histórica. O evento vai ocorrer na sexta-feira, 28 de novembro.
Segundo a CNC, a maior expansão anual de vendas da Black Friday ocorreu em 2020, influenciada pela alta do comércio digital na pandemia de Covid-19. Na ocasião, foram movimentados R$ 4,43 bilhões, com um avanço de 22,4% em relação ao evento em 2019.
Em 2025, o segmento que mais deve vender no varejo é o de hiper e supermercados, com uma estimativa de R$ 1,32 bilhão. Eletroeletrônicos e utilidades domésticas devem movimentar R$ 1,24 bilhão, seguido por móveis e eletrodomésticos com (R$ 1,15 bilhões).
Esses grupos representam mais de dois terços da movimentação financeira prevista (68%). Na sequência, os ramos de vestuário e acessório devem movimentar R$ 950 milhões, seguido por farmácias, perfumarias e cosméticos com R$ 380 milhões.
A CNC destaca que a Black Friday deste ano vai ocorrer em meio à valorização do real, atualmente cotado em R$ 5,33. No ano passado, a moeda brasileira estava em um processo de depreciação frente ao dólar, fechando em uma cotação superior a R$ 6. Por outro lado, o país vive um momento de alta no endividamento, que reforça a necessidade de cuidado dos consumidores.
“É momento de cautela na economia nacional, de incertezas no cenário externo e de endividamento recorde das famílias brasileiras, mas, ainda assim, veremos um incremento nas vendas da Black Friday este ano”, afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC
Queda nos preços
Segundo a CNC, a Black Friday também vai ocorrer no momento de uma queda generalizada de preços. A entidade mediu a variação dos produtos mais buscados nos últimos 40 dias, por meio das plataformas Google Shopping e Buscapé, que monitoram o comércio online.
