Pesquisa da Serasa Experian aponta que uma tentativa de golpe acontece a cada 8 segundos
Os brasileiros entre 36 e 50 anos são as maiores vítimas de tentativas de fraudes financeiras. O levantamento é da Serasa Experian e aponta os resultados para o mês de julho/22.
Esta fatia do público foi o foco principal dos fraudadores: 35,9% das tentativas de utilização indevida de dados pessoais (identidade) para abrir contas em bancos e outros entes financeiros, e até mesmo solicitar cartões de crédito. “Essa é a parcela da população que mais usa os canais digitais para comprar”, revela Rafael Garcia, gerente executivo de prevenção à fraude da Serasa Experian. “Daí tornar-se o grupo mais sujeito aos golpes”, avalia ele.
Ranking da fraude
O grupo que aparece em segundo lugar na preferência dos fraudadores é o de pessoas entre 26 e 35 anos. 27,5% das ocorrências atingiram este recorte da população. Entre 51 e 60 anos foi o grupo que ficou em 3º lugar, com 14%. Quem tem até 25 anos integra o grupo afetado por 11,6% das investidas. As pessoas com mais de 60 vieram no último recorte considerado, e responderam por 11% dos casos. Exatamente por usarem menos os meios digitais para transações.
Tendência
Chama a atenção ainda, no levantamento, a frequência com que se tentam os golpes. De acordo com a Serasa Experian, uma fraude é tentada a cada 8 segundos. ” Os mercados são cada vez mais digitais, as ofertas são muitas e a facilidade em comprar por impulso expõe o consumidor”, destaca Garcia.
Em relação a julho do ano passado, houve uma queda importante no número de tentativas de fraudes. Há doze meses, foram 391.870 investidas. Em julho deste ano o total caiu para 335.040, o que representa uma baixa de 14,6%. (veja gráfico abaixo). Fruto de maior conscientização das pessoas em não compartilhar dados pessoais e bancários, segundo a pesquisadora.
Já na comparação com o mês imediatamente anterior, junho/22, a mostra aponta uma alta: de 322.219 casos para o total mencionado, 335.040 ocorrências. É uma alta de 39,7%. ” As datas como dia dos namorados e outras concentram mais compras e, consequentemente, mais casos de golpes”, aponta Garcia.