Ferramenta irá criar o conceito de comunidade, criar reações e ampliar tamanho de anexos
Em sua última “motociata” realizada no último dia 15 de abril, durante pronunciamento aos seus apoiadores, Jair Bolsonaro se mostrou irritado com o adiamento somente no Brasil, de mudanças no WhatsApp que devem ocorrer nos demais países, onde a ferramenta tem usuários.
Mas afinal de contas quais são essas mudanças e por que elas poderiam ser adiadas somente no país? Não é de hoje que a Meta (empresa dona do Facebook e do WhatsApp) tem colocado muitos esforços no conceito da criação de comunidades. São elas inclusive que tem sido o maior motivo de uso do Facebook e agora a intenção é levar esse mesmo conceito para o WhatsApp.
Com isso poderiam ser criadas comunidades com milhares de pessoas participando. Assim, por exemplo, uma escola poderia ter uma comunidade de todos os pais de alunos e essa comunidade ser subdividida pelas salas de aula: então uma comunidade pode agrupar diversos grupos relacionados a um tema maior.
Confira outras mudanças anunciadas oficialmente pela empresa:
Reações: as reações com emojis parecidas com as do Facebook.
Mensagens apagadas pelos administradores.
Compartilhamento de arquivos com tamanhos maiores, de até 2 GB.
Chamadas de voz com até 32 pessoas num novo design.
Mas por que as mudanças devem ser adiadas no Brasil? No começo do ano o TSE ? Tribunal Superior Eleitoral ? realizou uma reunião com o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, para discutir “medidas para enfrentamento da desinformação”, o resultado desse encontro foi publicado oficialmente no site do Tribunal e pode ser conferido neste link aqui.
Entre as tratativas, ainda de acordo com o comunicado, ficou definido que seria criado um assistente virtual para ajudar na comunicação com os eleitores e a criação de um canal de denúncias para suspeitas de envio de mensagens em massa na ferramenta, o que é proibido.
Na ocasião o WhatsApp “também informou que não implementará novas funcionalidades no Brasil que possam impactar de forma significativa o uso da plataforma até o fim das eleições”, e por conta disso que as inovações anunciadas, só devem ser implementadas no país depois do período eleitoral.