Bandidos criam lojas falsas e investem dinheiro em anúncios fraudulentos
A oferta parece tentadora: um celular da moda pode aparecer na tela do mecanismo de busca com preços que chegam na metade do preço. Trata-se de um anúncio que parece real, e que é exibido perto de outras grandes marcas consagradas, ao clicar o internauta é direcionado para uma loja que aparentemente trata-se de uma marca conhecida. O logotipo é o mesmo, aparece o cadeado indicando um potencial segurança de compra e o endereço aparentemente bate. O que poderia dar de errado nesse caso?
Acontece que tanto o anúncio quanto a loja são falsos e você pode estar prestes a perder todo seu dinheiro. Isso acontece porque os criminosos acessam uma plataforma onde podem comprar anúncios de uma forma simples e rápida e então eles direcionam essa promoção falsa para um site que pode ter uma letra alteradas, por exemplo a letra “O” é substituída pelo 0 (número zero), ou uma letra a mais que passa desapercebida quando lida de forma muito rápida.
O site também imita toda estética da loja original, com as mesmas cores, tipos de letras e até a imagem principal de identificação. Normalmente outras pessoas fazem parte do golpe, como laranjas, e recebem o valor em troca de benefícios acordados com os criminosos, sendo cúmplices e dificultando o rastreamento dos autores dos crimes.
Há relatos na internet de pessoas que tiveram seus cartões de crédito clonados justamente para pagar essas contas dos anúncios para que pareçam reais e que depois dificultem o rastreamento do golpista.
Já as empresas que vendem anúncios alegam fazer checagens constantes para eliminar essas propagandas fraudulentas, porém isso não acontece de forma imediata, e é nessa brecha que os bandidos aproveitam para cometer o golpe. Em todos os casos também há possibilidade de denunciar o anúncio para que ele seja analisado e tomadas as devidas providências.
Mas como não cair nesse tipo de golpe?
O mais importante é desconfiar de promoções milagrosas em que um produto eletrônico pode sair pela metade do preço. O segundo passo é procurar se a oferta realmente existe no aplicativo oficial daquele e-commerce e entrar em contato com o canal oficial de atendimento com um print (fotografia da tela) do anúncio que você está com dúvidas.
O Procon de São Paulo tem uma lista de empresas que você não deve comprar e é bom dar uma passada no site do Reclame Aqui para checar se a empresa tem uma boa reputação.
E mesmo assim, caso você opte pela compra, tire prints (fotografia da tela) de todos os anúncios, do site e da tela de comprovação do pagamento e guarde todos os e-mail e mensagens que você receber. Esse cuidado pode ajudar na comprovação de que você foi vítima de um golpista, caso precise fazer uma denúncia na justiça.