“Mal necessário” dos juros altos deve afetar o endividamento da pessoa jurídica até o ano que vem
Primeiro são as pessoas físicas que, em tempos de dificuldades no emprego e na renda, deixam de pagar compromissos com lojas, bancos e etc. Respeitado um intervalo de três até seis meses, o reflexo aparece na contabilidade das pessoas jurídicas.
Levantamento exclusivo obtido junto ao Serasa Experian, aponta que as dívidas das empresas vêm registrando alta em ritmo que deve se intensificar agora no segundo semestre. Na pesquisa referente ao mês de maio, o grupo das empresas endividadas cresceu 0,06% sobre os dados de abril. Praticamente estável. Já em relação a maio de 2021, o salto foi bem maior: 3,7%.
“É apenas o início do ciclo de aumentos”, avalia o economista chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele diz que, como o atual movimento de inadimplência das pessoa físicas começou entre outubro e novembro do ano passado, o “puxão” das pessoas jurídicas para a seara dos endividados está só começando a mostrar seus efeitos. Vem mais por aí.
E o segundo semestre não deve facilitar a vida de quem já tem lá suas “pendências”… ou de quem está percebendo que tá sobrando mês no final do orçamento.
Horizonte
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “O cenário de inadimplência do empreendedorismo ainda deve se estender enquanto a economia permanecer instável no país, já que essa situação afeta diretamente o poder de compra dos consumidores e, sendo assim, o fluxo de caixa das empresas”.
A reportagem completa sobre a inadimplência das empresas — que é impulsionada pelas dívidas das pessoas físicas — você confere nesta 2ª feira (4.jul) no SBT News.