Os hospitais de Uberlândia, que realizam cirurgias cardíacas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), terão que tomar medidas para acabar com a fila de espera do procedimento na cidade, decidiu a Justiça Federal. O juiz Osmar Vaz de Mello da Fonseca Júnior assinou a decisão após ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o MPF, até o dia 15 de julho, havia 147 pacientes aguardando cirurgia cardíaca. Desse total, 32 pacientes  à cirurgia de revascularização, 97 pacientes à cirurgia valvular, 5 pacientes à cirurgia aórtica e 13 pacientes aguardam cirurgia corretiva congênita.

Pela decisão da Justiça, a unidade de saúde deve notificar o agendamento do procedimento cirúrgico em até cinco dias. Caso nada seja feito, está decidido o cancelamento de R$ 7,5 milhões em contas do estado de Minas Gerais.

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) informou em nota que “o gerenciamento de filas e recursos é feito pelo gestor local do SUS: Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia”.

A reportagem também apurou a Prefeitura, que informou por meio de nota que “a Secretaria Municipal de Saúde está investigando uma lista de prioridades e informações, conforme solicitado pela decisão judicial, além dos custos da cirurgia”.

Também argumentaram que “mesmo que a alta complexidade seja de responsabilidade do estado e da coligação, a prefeitura não tem medido esforços para atender a população, inclusive implantando cirurgia cardíaca e angioplastia nos hospitais da cidade em 2020”.