Dos 11, quatro são mineiros, um de São Roque de Minas, na Serra da Canastra e três de Itaverava e Barbacena, no Campo das Vertentes

Dos quinze queijos selecionados como os melhores do mundo no 3º Mundial do Queijo, evento internacional realizado em São Paulo de 11 a 14 de abril, 11 são nacionais. Ao todo, foram mais de 1,9 mil produtos de quatorze países diferentes. O resultado corrobora a hegemonia das nossas iguarias. Em 2022, ano da edição anterior – o concurso é realizado de dois em dois anos – dos 15 finalistas, oito foram brasileiros.

Lembrando que os jurados são de várias nacionalidades e atuam numa dinâmica de julgamento complexa. Cada mesa tem de 20 a 23 queijos, com dois ou três jurados. Eles dispõem de um aplicativo que lê o QR Code dos queijos e, a partir daí, dão uma nota para cada quesito: aparência, textura, sabor e cor, entre outros. O sistema extrai uma média dessas notas e essas são somadas. Os queijos que obtém entre 70 e 80 pontos recebem medalha de bronze; entre 80 a 90 pontos, recebem medalhas de prata; entre 90 a 98, medalhas de ouro e entre 99 e 100, Super Ouro. Resultado; 99 queijos e outros produtos lácteos (tinha um doce de leite), receberam medalha Super Ouro. Desses 99, 15 jurados supremos (quer dizer, “muito especialistas”) escolhem os queijos que querem defender. Ao final, restam apenas 15 vencedores e dezenas de medalhistas.

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No top 15, destaque para quatro produtos mineiros. Em 7° lugar, o queijo irmãos Faria, de Rildo de Oliveira Faria, de São Roque de Minas, na Serra da Canastra e em 15°, o queijo Rouelle (Alisson Hauck Dornellas de Castro), de Itaverava, no Campo das Vertentes. E em 12º e 13º lugares respectivamente, o Ancestral das Vertentes e o Névoa das Vertentes Premium, de Edson Cardoso Costa, de Barbacena. Ambos são feitos com leite de cabra.

O grande vencedor foi o Morro Azul, da Pomerode Alimentos, empresa de Santa Catarina. O queijo desenvolvido pelos irmãos Bruno e Juliano Mendes é enrolado em uma cinta de carvalho e possui notas amanteigadas e aroma que lembra o cogumelo.

Feito com leite de vaca, tem mofo branco na casca e a massa é bem mole, por isso foi necessário passar uma cinta em volta pra segurar. No ano passado, o Morro Azul ganhou o 1º colocado no 35º World Cheese Awards, na Noruega, na categoria América Latina. De acordo com Juliano, a ideia de produzi-lo surgiu da vontade de criar queijos autorais.

“Quando a gente começou, fazíamos apenas produtos da Europa. Aos poucos, ficamos mais seguros e fomos aprendendo O diferencial desse queijo é a cremosidade”, defendeu.

Confira os finalistas:

(Em negrito, os mineiros)

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