Preparar a mesa para as festividades de fim de ano exigirá mais fôlego financeiro do consumidor uberlandense: uma pesquisa divulgada pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (Cepes) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) revela que os itens da ceia de Natal estão mais caros neste ano.
Dos 18 produtos típicos monitorados pelo Observatório de Preços do CEPES, 11 apresentaram aumento em comparação a dezembro do ano passado, muitos deles com reajustes bem acima da inflação média.
O setor de oleaginosas e frutas secas é o que mais impacta o orçamento este ano. Entre os itens que mais encareceram a mesa natalina em Uberlândia, as maiores altas registradas pelo levantamento foram lideradas pela castanha-do-pará, cujo preço médio do quilo disparou 34,48% em relação ao ano passado. Na sequência, aparece a caixa de bombons, com um expressivo aumento de 21,56%; enquanto o tender, tradicional proteína do período, apresentou uma elevação de 6,28% no seu valor de mercado. Itens industrializados como o pêssego em calda e o tradicional panetone também sofreram reajustes significativos, encarecendo a sobremesa das famílias.
Por outro lado, o consumidor pode encontrar fôlego financeiro em itens importantes da ceia que registraram queda de preço. O principal destaque positivo é o azeite de oliva extravirgem, que apresentou uma redução de 28,20% no seu valor médio. Além dele, a uva fresca também registrou redução de preço nas prateleiras, acompanhada pelas bebidas alcoólicas tradicionais do período, como o vinho tinto suave e os espumantes, que ficaram mais baratos e apresentaram queda no preço médio em comparação ao ano anterior.
De acordo com os pesquisadores do CEPES, a variação de preços entre os estabelecimentos de Uberlândia reforça a necessidade de o consumidor não comprar por impulso. Para garantir uma ceia farta sem comprometer o orçamento de janeiro, a recomendação é substituir itens que tiveram altas excessivas pelos que estão em queda e aproveitar as promoções pontuais do comércio local.
