Uma carta, supostamente escrita por uma ex-namorada da farmacêutica assassinada no Bairro Roosevelt, sugere tom ameaçador e despedida. Renata Bocato Denari, de 38 anos, foi morta com pelo menos quatro tiros, na manhã de domingo, 8, na Avenida Cesário Crosara, em frente à UAI Roosevelt e ao lado da farmácia onde ela trabalhava.
Nas imagens das câmeras de segurança da drogaria é possível ver de longe o momento em que uma pessoa com capacete se aproxima da vítima. Renata havia acabado de descer do carro para começar mais um dia de trabalho. Deu a volta para o banco do passageiro e pegava alguma coisa, quando foi abordada. Sem demora a pessoa atirou na cabeça de Renata e fugiu em uma moto. Uma testemunha anotou a placa do veículo.
De acordo com o delegado Luciano Alves dos Santos, a carta não comprova nada. Nela está escrito que Renata teria sido o pivô da separação de uma mulher, que abandonou o marido e filhas para ficar com ela. Mas Renata não manteve o relacionamento.
No papel consta que a mulher estaria devolvendo o brinquedo sexual que as duas usavam juntas para ser enterrado com ela.
Nenhuma linha de investigação foi descartada. Para o delegado, a carta pode ser uma pista falsa plantada para desviar a atenção.
A carta encontrada ao lado da vítima teria sido deixada, supostamente, pela pessoa que efetuou os disparos. Ela foi anexada ao boletim de ocorrência.
A entrevista com o delegado vai ao ar amanhã, 11, no Chumbo Grosso.