Quase cinco anos após a morte de Bernardo Boldrini, jurados votaram pela condenação de quatro pessoas envolvidas no crime que aconteceu em Três Passos, no Rio Grande do Sul. São elas: o pai do menino, Landro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão dela, Evandro Wirganovicz.
O julgamento que teve início na última segunda-feira (11), durou cinco dias. Leandro foi condenado por homicídio, Graciele por homicídio qualificado, Edelvânia foi condenada por homicídio e ocultação de cadáver e Evandro por homicídio simples e ocultação de cadáver.
Durante os interrogatórios, Leando e Evandro negaram terem participado do crime e Graciele declarou que a morte de Bernardo foi acidental – após o menino ter ingerido uma quantidade excessiva de remédios.
Os jurados concluíram que o crime foi premeditado.
As penas
A sentença foi lida na noite desta sexta-feira (15) no Foro de Três Passos (RS):
Leandro Boldrini, pai de Bernardo
Por homicídio: 30 anos e oito meses de prisão
Por ocultação de cadáver: 2 anos de prisão e 18 dias
Por falsidade ideológica: 1 ano de prisão e 10 dias
Total: 33 anos e oito meses de prisão e 28 dias
Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo
Por homicídio qualificado: 32 anos e 8 meses de prisão
Por ocultação de cadáver: 11 meses de prisão
Total: 34 anos e 7 meses de prisão
Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal
Por homicídio simples e ocultação de cadáver: 9 anos e 6 meses de prisão
Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia
Por homicídio qualificado e ocultação de cadáver: 23 anos de prisão
Quatro réus e um crime que chocou o país
Bernardo era órfão por parte de mãe e vivia com o pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, em Três Passos. No dia quatro de abril de 2014, Bernardo Boldrini, de apenas 11 anos, morreu depois de ser obrigado por sua madrasta a ingerir altas doses de medicamento. Ela teve a ajuda do pai de Bernardo, de uma amiga, Edelvânia Wirganovicz, e do irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz. O corpo só foi encontrado dez dias depois em uma cova, na cidade de Frederico Westphalen. Os quatro réus estão presos desde 2014 e, agora, foram a júri popular.
SBT