O caso Rizzo completa 17 anos e os autores ainda estão em liberdade. O crime de duplo homicídio registrado em março de 2002, na cidade de Indianópolis chocou toda a região. Marco Antônio Aquino e o cunhado dele Wagner Monteiro, foram atraídos para uma emboscada na zona rural.
O motivo seria uma ação trabalhista movida pelas vítimas contra o chefe José de Jesus Rizzo, professor e sócio de uma rede de ensino composta por cinco escolas, em Uberlândia e Tupaciguara. As famílias das vítimas não receberam nenhuma indenização pelas mortes crueis.
Em 12 de julho de 2018, 16 anos após os assassinatos, três acusados foram condenados em um julgamento que durou quase 20 horas. Os condenados são o empresário José de Jesus Rizzo – 37 anos e 4 meses de reclusão; Wônimo Carlos Moreira: 36 anos e 8 meses; e Hudson Vieira – 26 anos.
O quarto réu, Daniel Davi de Souza, só está sendo julgado hoje, 9, mais de um ano depois, porque ainda havia recursos em andamento na época do julgamento dos demais. O júri acontece desde as 8h30, no fórum da cidade de Nova Ponte.
Condenações
José de Jesus Rizzo foi condenado pelo duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe mediante promessa de pagamento e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Wônimo Carlos Moreira foi condenado com as qualificadoras de impossibilidade de defesa da vítima e promessa de recompensa.
A pena de Hudson Vieira considerou a utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Como os três não estavam presos, por esse fato, saíram pelas portas da frente do fórum de Nova Ponte para recorrer da sentença em liberdade.
Relembre o Caso Rizzo
Tudo aconteceu em março de 2002. Marco Antonio Real Aquino e o cunhado dele Wagner Monteiro foram atraídos para uma emboscada na zona rural de Indianópolis. Na propriedade foram mortos a tiros, tiveram os corpos queimados e jogados em uma vala. Eles eram funcionários de José de Jesus Rizzo e teriam movido uma ação trabalhista contra o chefe.
Investigações da polícia apontaram que Marco Antônio Aquino era laranja de negócios de Rizzo e estava ameaçando denunciá-lo à Receita Federal caso não pagasse R$ 1,1 milhão como indenização por serviços prestados.
Rizzo então teria premeditado e matado o ex-funcionário Marco Antônio e o cunhado dele, Wagner Monteiro, no dia 25 de março de 2002. A autoria dos crimes foi revelada após a prisão do também professor Daniel de Souza e do contato publicitário Wônimo Carlos Moreira. Os presos disseram à polícia que receberam de rizzo um carro e uma moto pelo crime.
Marco Antônio, que era carpinteiro das escolas do professor, e o cunhado, foram atraídos por Daniel e Wônimo até uma fazenda no município de Indianópolis, a 60 quilômetros de Uberlândia, com a promessa de que lá teriam emprego. No meio do caminho eles desviaram o carro para um matagal, onde o próprio Rizzo teria disparado os tiros. Marco Antônio ainda tentou reagir e fugir, mas acabou morto a pauladas.
Em seguida, os criminosos atearam fogo e enterraram os corpos em cova rasa.
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