Uma rebelião movimentou o Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, na noite de ontem e madrugada de hoje, 3. A informação é de que uma detenta ateou fogo em colchões para chamar a atenção dos policiais penais. O incêndio gerou muita fumaça e chamou a atenção dos parentes de presos, que foram para a porta da unidade prisional protestar por informações mais detalhadas.

Uma confusão com gritarias se formou. Familiares dos detentos fizeram acusações de maus-tratos aos presidiários. A Polícia Militar (PM) foi acionada e esteve no local. Após apuração dos fatos, informou por meio de um esclarecimento informal, que uma detenta, inconformada por estar sozinha na cela, ateou fogo no colchão. Mas não passou disso e a situação estava sob controle dos Policiais Penais.

Na versão repassada pelos parentes dos presos, o princípio ocorreu porque a mulher queria chamar a atenção dos policiais penais em relação aos possíveis casos de Covid-19 na ala feminina.

 

Foram mais de 12 horas de tensão. Sem saber direito o que aconteceu durante a noite e madrugada, muitas mães passaram a noite em frente ao presídio. Elas aguardavam mais notícias dos parentes presos.

Vídeos feitos pelos manifestantes mostram os momentos vividos, barulhos de bombas e segundo eles até tiros de borracha foram disparados. Até um cãozinho foi atingido.

Os manifestantes pedem a presença dos direitos humanos no presídio.

 

 

A Secretaria de Estado de Justiça se manifestou a respeito.

“Não procede a informação de motim ou rebelião no Presídio Jacy de Assis, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Uma das detentas, com sintomas de cólica renal, foi encaminhada ao hospital na segunda-feira (1/6) onde permaneceu em observação por 24 horas. No retorno à unidade – e como procedimento padrão para evitar contaminação por Covid-19 – em razão do deslocamento extramuros, ela foi colocada em cela individual, para cumprir um período de isolamento.

Não concordando com o procedimento, a mesma ateou fogo no próprio colchão. Ela foi retirada da cela e o fogo controlado. Durante essa ação, alguns presos bateram nas grades das celas.

A unidade segue sua rotina.”

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