A Polícia de Uberlândia tenta identificar e localizar os criminosos que sequestraram um empresário de 27 anos no último sábado, 7, em Uberlândia. A vítima, que é pioneira no Brasil no ramo da criptomoeda – bitcoin, sofreu um sequestro relâmpago após ministrar uma palestra para vários investidores sobre a moeda virtual, em um hotel no Bairro Tibery.
Consta no boletim policial que o sequestro aconteceu por volta de 4h30 de sábado, após uma festa de confraternização no Bairro Mansões Aeroporto. A vítima só foi liberada pelos bandidos quase 24 horas depois, às margens da BR-365. A Polícia foi acionada por volta de 2h40 por um morador da Alameda Pirineus que ouviu pedidos de socorro. O jovem contou que havia sido sequestrado no dia anterior. Ele apresentava diversas escoriações e hematomas pelo corpo e sintomas de estar dopado. O empresário foi levado a um hospital particular para ser medicado.
No relato da vítima, os sequestradores lhe deram um líquido para beber, jogaram um capuz na sua cabeça, amarraram mãos e pés, e a todo momento faziam ameaça e tortura, para descobrirem a senha bancária. A vítima só acordou no outro dia.
O sequestro
Após a confraternização, o empresário conversava com algumas pessoas do lado de fora do restaurante, quando um veículo Uno Vivace de cor cinza, vidros escuros, ocupado por dois indivíduos , se aproximou. O passageiro desceu, encapuzado e com uma arma de fogo, indo em direção ao empresário, atirou para o alto e mandou que os demais se afastassem, porque queriam levar somente o palestrante.
Segundo testemunhas, o empresário estava de posse de um Iphone 7, e deixou cair ao perceber a aproximação do indivíduo armado, mas o criminoso mandou que ele recolhesse o aparelho. Isso porque, possivelmente, a intenção dos sequestradores era obrigar o empresário a transferir as bitcoin para conta de terceiros. A transferência pode ser realizada através de aparelho celular por meio de código QR Code. Além do mais, este tipo de investimento não é regulamentado no Brasil, o que facilita este tipo de transferência.
O advogado disse que a vítima relatou ter sido seguida durante a estadia em Uberlândia e chegou a anotar placas de veículos suspeitos.