O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e a Promotoria de Justiça de Iturama, em conjunto com Polícia Militar de Minas Gerais, deflagraram, nesta terça-feira, 3 de dezembro, a Operação Tanque Cheio II. As apurações envolvem suspeitas de apropriação de dinheiro público, por meio da utilização de notas fiscais falsas de abastecimento de veículos oficiais do município de Iturama.
Trata-se de um desdobramento da operação que foi deflagrada em março de 2019 no município. Na oportunidade, foram presos um secretário municipal e um dono de posto de combustíveis na cidade. Um outro secretário de Iturama ficou foragido.
O prefeito de Iturama foi denunciado por peculato, associação criminosa e falsidade ideológica pelo MPMG. Também foram denunciados pelos mesmos crimes um ex-secretário de Administração, um ex-secretário municipal de Governo e o dono de um posto de combustíveis na cidade.
Segundo as investigações, o prefeito e os ex-secretários emitiam ordens de serviço para o abastecimento de viaturas policiais no posto de combustíveis Simião e Filhos LTDA, mas o abastecimento dos veículos era realizado na sede de Polícia Militar, em posto orgânico. Foi apurado que o estabelecimento expedia notas fiscais falsas, as quais atestavam o fornecimento de combustível.
Na operação, também foram apreendidas notas de abastecimento em favor de agentes públicos e correligionários, endossadas pelo prefeito.
Após análise do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), foram deferidos mandados para recolhimento de provas em poder do prefeito que possam subsidiar a continuidade das investigações. Foi apreendido um notebook, além de mídias digitais, que seguem para análise.
MPMG