Roubo de caminhões e cargas, homicídio, corrupção passiva, falsificação de documento, lavagem de dinheiro, extorsões, ameaças, obstrução de justiça entre outros. Todos esses crimes eram cometidos por três organizações criminosas que atuavam nas cidades de Uberlândia, Uberaba e Monte Carmelo (MG) e também em Itumbiara (GO). As organizações criminosos foram desmanteladas nessa quinta-feira, 10, durante as investigações da Operação Torre de Babel.
Foram cumpridos 94 mandados de prisões preventiva e temporária contra 69 investigados. Vinte e cinco deles já se encontram recolhidos em unidades prisionais de MG e GO. Foram cumpridos também 65 mandados de busca e apreensão.
‘Operação Torre de Babel’ é realizada em Uberlândia e vereadores são alvos
O total de investigados, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Uberlândia, passa de cem pessoas. Entre os alvos estão dez policiais militares, quatro policiais civis e três advogados.
O promotor de Justiça Adriano Arantes Bozola fala sobre a operação.
Organizações criminosas
– A primeira investigada atuava no roubo de caminhões e cargas e tinha suas bases nas cidades de Uberlândia (MG) e Itumbiara (GO). O líder da referida organização já havia sido preso durante a Operação Irmãos Metralha, deflagrada em junho deste ano. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a organização criminosa praticou diversos crimes no Triângulo Mineiro e na região sul de Goiás. Homicídio, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro estão na lista dos crimes praticados.
– A segunda organização criminosa tinha como base a cidade de Uberlândia e o principal foco dos criminosos era a receptação de cargas e carretas, além do desmanche desses veículos. As peças eram utilizadas por uma empresa que trabalha com reforma de carretas. Os veículos e cargas receptados eram desviados por outros grupos criminosos e contavam com a participação de agentes públicos. A ação referente a essa organização criminosa é desdobramento da Operação Dominó, deflagrada em dezembro de 2018.
– A terceira investigada, segundo o Gaeco, funcionava como uma milícia e tinha como líder um policial militar. A atividade da organização era voltada à prática de crimes por encomenda, incluindo homicídios, extorsões, ameaças, obstrução de justiça, roubos com utilização de informações privilegiadas entre outros.
A Operação Torre de Babel contou com o apoio dos Gaecos do Distrito Federal, Goiás e Patos de Minas, Promotoria de Justiça do Controle Externo das Atividades Policiais de Belo Horizonte, Procuradoria da República de Uberlândia e Sistema Prisional de Uberlândia. Três promotores de Justiça, 362 policias militares, sendo 12 de Goiás, e cinco policiais civis participaram da operação.