A Polícia Civil (PC) em Uberlândia concluiu o inquérito sobre o assassinato da bebezinha de um ano e cinco meses no Bairro Tibery, zona leste da cidade, no dia 25 de fevereiro. As investigações apontam que a menina foi espancada com extrema violência. O crime teve repercussão nacional, pois a mãe e o padrasto da garotinha foram presos como suspeitos.
O casal nega autoria, mesmo tendo inúmeros indícios contrários. Por falta de provas, a mãe Ângela Sousa Canuto, de 19 anos, foi colocada em liberdade. No entanto, a PC conseguiu angariar elementos informativos no sentido de que ela, de fato, tinha o costume de agredir a criança. Além das lesões decorrentes das agressões do dia do crime, há hematomas mais antigos.
Já o padastro, Leomar Matos Conceição, 28, continua no presídio Professor de Assis. Ele alegou que a enteada caiu do berço. Mas de acordo com o Delegado de homicídios Victor Adriano Dantas, o laudo de necropsia repassado para a polícia civil é contundente e descarta a possibilidade de a menina ter caído e aponta que a causa morte foi uma laceração na veia cava inferior, que irriga o coração, muito provavelmente provocado em virtude de agressões no tórax e abdômen. A bebê apresentava traumatismo craniano. Nas imagens dos exames é possível ver três pontos na testa da criança, provocados supostamente por um soco.
Ângela disse em depoimento que não estava em casa no momento em que a filha foi morta. Ela havia saído para trabalhar. E os laudos realmente comprovam que, considerando o horário do óbito e as horas que o corpo apresentava de morte, o homicídio aconteceu no intervalo da saída da mãe.
O inquérito já foi remetido à justiça e a PC aguarda remessa de um laudo pericial do local de crime que foi requisitado para enviar ao poder judiciário. Agora resta ao Ministério Público acatar ou não a denúncia.
Repórter no local: André Silva
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