Foi enterrado nesta quarta-feira, 3, o corpo do homem morto a tiros e chute na cabeça, no Bairro Jaraguá, em Uberlândia, no último sábado, dia 30. O principal suspeito de cometer o crime é um militar reformado do exército, aposentado desde 2017.
No horário marcado, chegou ao cemitério Parque dos Buritis o cortejo fúnebre de um carro só. Foi assim o funeral de Rubens José da Silva, de 56 anos. O funcionário da funerária chegou ao local transportando o corpo e em seguida seguiu para a área de sepultamento.
Conforme informações, uma parente da vítima só reconheceu o corpo na terça-feira, 2, e não teria permitido presença de ninguém no enterro.
Rubens se envolveu em uma briga com o vizinho, o militar reformado do Exército, Pedro Nobre Lopes, que foi flagrado por câmeras de segurança atirando na vítima durante luta corporal. Pedro Lopes se apresentou à Polícia Civil, acompanhado dos advogados, na terça-feira (2), mesmo dia em que o corpo de Rubens foi reconhecido. Segundo a delegada de homicídios, Thays Regina Silva, o ex-militar esteve na delegacia, prestou esclarecimentos e foi liberado.
Nas imagens de segurança é possível ver a vítima atacando o ex-militar com uma faca durante a confusão. A arma branca foi apreendida.
Nossa reportagem entrou em contato com o advogado de defesa de Pedro Lopes, dr. Anselmo Dutra. Segundo ele, o ex-militar e os filhos relataram para a polícia os fatos ocorridos. Disse ainda que a arma usada no crime é registrada e foi entregue na delegacia.
O crime
Relatos de testemunhas são de que Rubens Silva foi advertido por Pedro Lopes por utilizar uma caixinha de som. O ex-militar atravessa a rua, discute com Rubens e aponta o dedo no rosto dele. Rubens tira uma faca da cintura e tenta golpear Pedro, que reage e atira no pescoço de Rubens. Com a vítima caída ao chão, os filhos de Pedro também se envolvem nos fatos. Um deles tira a faca da mão da vítima e arrasta o homem na calçada. O outro chuta o pescoço do baleado, que não resiste aos ferimentos ainda no local.
O crime aconteceu em frente a um bar na Rua Mangabeiras.
Relatos de vizinhos
Moradores da rua Mangabeiras chamaram nossa equipe de reportagem para falar do comportamento do ex-militar do exército. Segundo os três cidadãos, que preferiram não se identificar, o homem é autoritário e agressivo. A versão dos moradores é de que o ex-militar sempre intimida os vizinhos por causa de pequenas situações que não o agradem. Relembre: