Foram desencadeadas nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 16, em Uberlândia, as Operações “Má Impressão”, que investiga desvio de recursos de verba indenizatória, e “Guardião”, que investiga esquema de fraude em contratos de prestação de serviços. Ambas são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A Justiça decretou a prisão de 20 vereadores titulares e um suplente da cidade, todos eles investigados em esquemas de corrupção.

São prisões preventivas e temporárias cumpridas por meio de mandados de busca e apreensão. Os nomes confirmados pelo Gaeco são:

O presidente da Câmara Hélio Ferraz, Baiano – 2 mandados (Verbas indenizatórias e Contratos de Segurança e Limpeza); Rodi Borges (PL); Doca Mastroiano (PL); Roger Dantas (Patriota); Ronaldo Alves (PSC); Felipe Felps (PSB); Vico Queiroz (Cidadania); o atual líder do governo Wender Marques (PP); Pâmela Volp (PP); Osmírio Alves de Oliveira – Ceará; Márcio Nobre (PSD); Silésio Miranda (PT); Isac Cruz (Republicanos); Flávia Carvalho (PDT); Jussara Matsuda (PSB); Paulo César Alves – PC (SD); Vilmar Rezende (PSB) vice-presidente da Câmara; Ricardo Santos (PP); com dois novos mandados de prisão preventiva o ex-presidente da Câmara Alexandre Nogueira (PSD), que havia sido liberado do Jacy de Assis para prisão domiciliar e Juliano Modesto (suspenso do SD), que está preso tem mais dois mandados de prisão preventiva.

Na casa do vereador Baiano foram apreendidos R$ 170 mil em dinheiro e R$ 830 mil em cheques, num total de R$ 1 milhão.

Marcelo Cunha (sem partido), suplente que assumiu recentemente a cadeira do vereador Ismar Prado, no dia 26 de novembro, também foi alvo de mandado de prisão. Na semana passada a justiça determinou o afastamento de Marcelo Cunha por ser investigado pelo Gaeco por não exigir licitação na contratação de escritório de advocacia quando era diretor administrativo da Câmara.

De acordo com o Ministério Público, as prisões são em decorrência das investigações iniciadas na operação “O Poderoso Chefão”, em outubro. Desde então estão presos Juliano Modesto (no presídio Professor Jacy de Assis), Alexandre Nogueira e Wilson Pinehiro em prisão domiciliar. No caso de Nogueira, ele havia recebido o direito de prisão domiciliar na última sexta-feira e agora retorna ao presídio.

Vereadores não citados nas investigações

Dos 27 vereadores de Uberlândia, não foram alvos de mandados de prisão: Thiago Fernandes (PRP), Michele Bretas (Avante), Antônio Carrijo (PSDB), Adriano Zago (MDB) Pastor Átila Carvalho (PP), Walquir Amaral (SD), Sargento Edinaldo e Leandro Neves (PSD).

Os nomes relacionados somam 29, isso porque constam os vereadores presos e seus suplentes.

Quem assume a Câmara de Uberlândia após as prisões?

Conforme estatuto da Casa Legislativa, em caso de toda a mesa diretora estar indisponível, assume o vereador mais velho. Neste caso, Antônio Carrijo é o novo presidente da Câmara.

 

A Operação está em andamento.

Empresários, donos das gráficas envolvidas no esquema de corrupção de desvio de recursos das verbas indenizatórias, também são alvos de mandados de prisão. São pelo menos 15 donos de gráficas presos.

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