Na manhã desta terça-feira, 29, foi deflagrada a Operação Wok Out nos estados de Minas Gerais (Uberlândia, Ituiutaba, Araxá e Belo Horizonte), São Paulo (São Paulo e Cajamar) e Bahia (Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas).
Policiais cumpriram 14 mandados de prisão preventiva e 31 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia/MG. O objetivo desta operação é desarticular uma organização criminosa sediada na cidade, que atuava na fabricação de medicamentos proibidos.
Segundo o MP, o medicamento era denominado falsamente como produto 100% fitoterápico e prometia resultados milagrosos na perda de peso, porém a sua fabricação era realizada em laboratórios clandestinos, sem respeitar quaisquer regras sanitárias, e onde eram utilizados insumos químicos de comercialização controlada, tais como SIBUTRAMINA (anorexígeno) e FLUOXETINA (antidepressivo e ansiolítico). De acordo com a polícia, as substâncias podem ocasionar sérios danos à saúde se mal administradas.
As investigações constataram que a manipulação do medicamento, durante sua fabricação, estava sendo realizada por indivíduos infectados pela COVID 19, demonstrando a precariedade e a falta de segurança em sua produção. As investigações duraram 06 meses e neste período foi identificado vultoso patrimônio dos indivíduos envolvidos no esquema criminoso (fazendas, automóveis de luxo, etc), inclusive com a ocultação de bens em nome de terceiros, em ação de lavagem de capitais.
A expectativa é o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 10 milhões.
Os alvos desta operação foram indiciados por crimes diversos contra a saúde pública com penas que podem chegar a até 33 anos de reclusão. O nome da operação Work Out, “malhar” em inglês, faz um alerta de que não existem fórmulas mágicas para adquirir uma boa forma física.
A Polícia Federal reforça que a atual pandemia não afetou as investigações e que a deflagração da operação foi realizada com EPIs para resguardar aos policiais e aos demais envolvidos.