Um homem e uma mulher, ambos de 22 anos de idade, foram apresentados pela Polícia Civil de Presidente Olegário como suspeitos de mataram um idoso de 84 anos na zona rural de Lagoa Grande. O crime foi no dia 14 de junho. A ocorrência havia sido registrada como suicídio, pois a cena inicial indicava autoextermínio. No entanto, a perícia apontou evidências de crime.
Adélio Francisco Sobrinho foi encontrado morto por familiares pendurado no armário por uma cordinha de bermuda amarrada no pescoço.
A perícia da PC desconfiou da situação. A casa estava toda revirada, havia um vidro quebrado no armário, um tijolo no chão e marcas de que o corpo teria sido arrastado.
O corpo do idoso foi levado para o IML e a necropsia confirmou que ele apresentava um hematoma na cabeça, embora tenha sido morto por asfixia.
Casal confessa que matou por dívida de faxina
Investigadores da Polícia Civil descobriram que no dia anterior ao encontro do cadáver Lourayne Alves Mariano foi até a residência da vítima. Um par de chinelos dela foi encontrado dentro da casa.
A jovem confessou o crime. Disse que o namorado Jeovani dos Reis da Silva seria o autor do assassinato. A motivação seria um desacordo comercial. Segundo Lourayne, ela fez uma faxina na casa do idoso e ele não pagou o prometido. A suspeita afirmou que eles queriam roubar dinheiro. Além de dinheiro, Jeovani se interessou em um rifle calibre .22 que o idoso tinha em casa.
Mas as investigações da Polícia Civil apontaram que Lourayne não fez nenhuma faxina. Na verdade ela teria ido ao local para furtar e foi flagrada pelo senhor Adélio. Foi quando acabou deixando para trás o par de chinelos.
Depois ela voltou com o namorado, deu uma tijolada na cabeça de Adélio, mas como ele permaneceu consciente, Jeovani deu uma “gravata” no idoso, deixando-o desacordado. Em seguida o homem amarrou a vítima pelo pescoço para simular um suicídio.
Ainda segundo o delegado Vinícius Volf Vaz, por coincidência, no dia 19 de junho, Lourayne e Jeovani foram presos em flagrante por furto na casa de outro idoso.
O casal deve responder pelo crime de latrocínio, cuja pena varia de 20 a 30 anos de prisão, e fraude processual, pela simulação do suicídio, que pode aumentar a pena em mais 4 anos.