A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lançou, nessa quarta-feira (15), a cartilha virtual “Golpe, só se for nos criminosos”. Esse material tem como objetivo apresentar à população os principais golpes praticados atualmente, além de dar dicas de prevenção.
De acordo com o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, Delegado-Geral Wagner Sales, “A PCMG tem percebido que os golpes, em sua maioria, migraram da rua para o mundo virtual. Nesse momento de isolamento social, as pessoas estão reclusas em casa e acessam mais as redes sociais, fazem compras pela internet, e isso pode contribuir para aplicação de golpes. Com base nisso, e por meio de um estudo baseado em estatísticas e no trabalho de inteligência, a PCMG resolveu criar e disponibilizar essa cartilha, com uma linguagem clara e objetiva para acesso de todas as pessoas. Ela será disponibilizada nas redes sociais e no site da PCMG para download”.
Ao todo, a cartilha apresenta 16 tipos de golpes, divididos em três modalidades: Golpes Presenciais, Golpes pela Internet e Crimes Praticados por Telefone.
“Entre esses, estão os golpes da clonagem de Whatsapp, o do cartão cortado recolhido pelo falso motoboy e o do falso intermediador de vendas. Nesse momento de pandemia, dois golpes que voltaram com mais força são o do falso parente internado e o do falso sequestro. No entanto, ressaltamos que, apesar da cartilha apresentar vários golpes, ela não é capaz de exaurir todas as modalidades criminosas, uma vez que o estelionatário é um oportunista de plantão: ele se depara com algum fato da atualidade, que surge em determinado momento, e cria uma situação que leva a vítima a erro para buscar uma vantagem ilícita”, alerta o Delegado.
Ainda segundo Sales, a dúvida e a informação são duas grandes aliadas para frustrar os planos dos golpistas: “A informação ainda é a maior arma contra esse tipo de crime. Não acredite em vantagens mirabolantes e promessas de grande negócios, pois, atrás dessas, certamente haverá um golpe. É preciso sempre checar. Na dúvida não faça”.
Crime de estelionato
Devido a mudança na legislação brasileira, promovida pelo pacote anticrime, o estelionato passou a depender de representação por parte da vítima. Conforme explica Sales, “Além do registro da ocorrência, a vítima deve fazer uma representação para dar início à investigação e, a partir daí, a PCMG busca a autoria do crime e a sua devida responsabilização criminal”.
Prisões
Ainda durante o lançamento da cartilha, o Chefe do 1º Departamento da PCMG destacou algumas prisão que realizadas em 2019 e 2020. “Prendemos uma quadrilha que agia especificamente em agências bancárias, na região Sul da cidade. Eles escolhiam mulheres e idosos como vítimas para praticar o golpe da troca do cartão. Também prendemos um homem, no ano passado, no estado do Mato Grosso, após aplicar o golpe do buffet. Recentemente, fizemos a prisão de um estelionatário contumaz que já havia dado golpes de mais de R$ 24 milhões, usando documentos falsos para obter empréstimos com instituições financeiras e empresas”, lembrou.
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